UFG abre mais 1,2 mil novas vagas

Universidade Federal de Goiás cria 25 novos cursos e amplia vagas nos já existentes para próximo ano

A Universidade Federal de Goiás (UFG) vai oferecer, em 2009, 5.174 vagas, 1.211 a mais do que em 2008. Elas estarão distribuídas nos 25 novos cursos e em graduações já existentes nos câmpus de Goiânia, Catalão, Jataí e cidade de Goiás. As ações foram definidas ontem pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepec) da universidade no edital do processo seletivo do ano que vem.

“Mais jovens poderão pleitear uma vaga numa universidade pública”, assinalou a pró-reitora de Graduação da UFG, Sandramara Matias Chaves. Entre os novos cursos da instituição estão Arquitetura e Urbanismo, Libras, Estatística, Zootecnia, Engenharias Mecânica e Ambiental.

Repleto de novidades, o vestibular do ano que vem já é considerado histórico pela criação do sistema de cotas e pela ampliação do número de cursos e de vagas, previstos no Plano de Reestruturação e Expansão das Instituições Federais de Ensino Superior (Reuni).

Pelo menos dois dos novos cursos chamam a atenção pelo ineditismo no Estado: bacharelado em Estatística e licenciatura em Letras/Libras. Há nove anos atuando como intérprete na capital, Saulo Balbino Machado, de 25 anos, tem boas expectativas em relação à graduação em Libras. Ele faz o curso a distância, em nível superior, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com aulas no Cefet.

Mercado
“Toda a idéia em torno da educação inclusiva exige profissionais capacitados e qualificados, e é exatamente isso o que faz falta”, avalia. Segundo ele, o mercado, na área, tem tudo para crescer. Saulo lembra que existem leis nas três esferas exigindo a presença de um intérprete de libras em todo órgão público.

“Além disso, a matéria Libras deverá ser incluída até 2012 na grade curricular dos cursos superiores na área de licenciatura, mais Fono e Pedagogia, e também em escolas de ensino médio públicas e particulares”, acrescenta.

Antônio Lorenzo, diretor do Instituto Serpes, é um pouco pessimista em relação ao mercado para os futuros estatísticos a serem formados pela UFG. “Pouca gente se interessa em fazer estatística no nosso Estado”, argumenta.

Apesar disso, Lorenzo considera a graduação em Estatística de extrema importância não apenas para Goiás, mas para o Brasil.

“O importante é ter profissionais qualificados e habilitados para o trabalho, com aquele olhar diferenciado. O mercado vai se criando de outras maneiras”, arremata.

Fonte: O Popular