Autorização não seria necessária

Data: 20 de maio de 2015

Fonte/Veículo: O Popular 

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Houve o questionamento se a obra do Bicicleta sem Freio no centro cultural poderia ter sido feita em um projeto de Oscar Niemeyer. “Não há nada que nos obrigue a pedir autorização aos herdeiros de Niemeyer para fazer interferências no centro cultural. Aliás, acho que o escritório que era dele nem se lembra que a gente existe”, critica Chaul. O POPULAR entrou em contato com o escritório de arquitetura de Niemeyer e enviou uma imagem do painel do Bicicleta sem Freio para que avaliasse o impacto do mural, mas não obteve resposta. “Nós já fizemos outras intervenções antes. Um artista pintou todo o mezanino do Museu de Arte Contemporânea para uma mostra. Na exposição sobre Paulo Leminsky, várias gravuras foram colocadas nas paredes das galerias. Depois deixamos tudo como era antes”, lembra Chaul.

O painel no Oscar Niemeyer faz parte de um conjunto de ações, numa parceria do pessoal do Bananada com os artistas do Bicicleta sem Freio. Há a previsão de instalação de outra obra do duo, esta na frente do Centro Cultural UFG, na Praça Universitária. “Nós não gerimos esses espaços. O que fazemos é propor ações e, quando elas são aceitas, a gente vai lá e faz”, explica Fabrício, sem esconder um certo tom irritado com toda a polêmica. “Há gente que acha que esses painéis lindos do Bicicleta sequer são arte, que são uma sujeira. Nós achamos que é arte da melhor qualidade.” A Secretaria Estadual da Educação, órgão ao qual o Oscar Niemeyer está submetido, já anunciou que pretende fazer um debate público mais extenso para decidir o destino do painel instalado no local.

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