Conheça histórias de filhas que são a cara das suas mães, em Goiás

Data: 14 de maio de 2017

Fonte/Veículo: G1 Goiás

Link direto da notícia: http://g1.globo.com/goias/noticia/conheca-historias-de-filhas-que-se-sao-a-cara-das-suas-maes-em-goias.ghtml

 

O Dia das Mães, comemorado neste domingo (14), é celebrado de uma forma especial por filhas que nasceram fisicamente parecidas com suas respectivas genitoras, em Goiás. O G1 entrevistou três mãe e filhas - Virgínia e Mônica; Laiany e Lêda e Alessandra e Ana Luiza – que contam como é viver tendo um rosto parecido com o da outra e até que ponto elas são semelhantes, também, na personalidade.

De acordo com a pesquisadora do Laboratório de Genética Humana do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), Lucilene Arilho Ribeiro Bicudo, não existe a hipótese de uma filha ter mais elementos genéticos da mãe do que do pai, ou vice-versa. No entanto, alguns traços da mãe – ou do pai – podem predominar, gerando filhas – ou filhos – quase idênticas na aparência aos seus genitores.

“Em termos de genética, todos nós somos constituídos 50% do pai, 50% da mãe. Apesar de ser exatamente metade, o nosso fenótipo vai se expressar de acordo com os alelos. Por exemplo, no caso de uma menina que é quase idêntica à mãe, podemos dizer que os alelos que se sobressaíram em relação ao fenótipo vieram da mãe. Ao mesmo tempo, ela pode ter as células do corpo, o comportamento dos órgãos mais parecidos com o do pai”, explicou.

Se por um lado a biologia divide igualmente as características da mãe e do pai, no campo da psicologia os filhos podem sim ter a personalidade mais parecida com a de um do que com a de outro. É o que afirma a psicóloga Lorena Vieira.

“A mãe contribui para qualificar o modo pelo qual os filhos se relacionam. Pensando em uma situação micro social, os filhos podem apresentar personalidades parecidas com seus pais, ou seja, a personalidade de cada um é resultado de como foi sua condição de vida, como constituiu a educação e quais atividades cada indivíduo desenvolveu na infância, seja mais semelhante ao pai, ou à mãe”, disse.

Conheça a história de três mães e filhas que, de tão parecidas, podem ser confundidas como irmãs:

 

VIRGÍNIA E MÔNICA

Virgínia Villela e Mônica Villela, moradoras de Goiânia, Goiás (Foto: Murillo Velasco/G1)

Virgínia Villela e Mônica Villela, moradoras de Goiânia, Goiás (Foto: Murillo Velasco/G1)

 

Apesar dos cabelos de cores diferentes, não é difícil identificar as semelhanças físicas entre médica veterinária Virgínia Marrone Villela, de 24 anos, e a mãe dela, a publicitária Mônica Veras Marrone Villela Martins, de 53. Para a jovem, se parecer com a sua genitora é motivo de orgulho.

Ela conta que, com o passar dos anos, foi deixando de se parecer com o pai e adquirindo os traços da mãe. No entanto, afirma que a personalidade tem um pouco de cada um. Quando era pequena, ela conta que adorava vestir roupas iguais às da mãe.

“Nos acham parecidas desde sempre. Quando eu era criança, diziam que eu me parecia com meu pai, mas com o passar do tempo eu concordei que me parecia mais com ela, e acho ótimo, porque minha mãe é linda”, disse.

A publicitária conta que vê na filha a própria história da sua juventude. Além de achar o formato dos olhos, o nariz e formato do rosto semelhantes aos da filha, acredita que Virgínia tem o mesmo jeito de viver a vida que ela.

Mônica e a filha Virgínia, quando pequena, em Goiânia (Foto: Arquivo Pessoal/Mônica Marrone)

Mônica e a filha Virgínia, quando pequena, em Goiânia (Foto: Arquivo Pessoal/Mônica Marrone)

“Ela é uma menina alegre, sociável, gosta de fazer novos amigos, sempre rodeada de pessoas amigas e do bem, gosta de passear, balada, tem compaixão pelas pessoas, é generosa, nunca se importou com marcas e modismo. Para ela tudo está bom, assim como eu era quando jovem”, contou.

Mônica diz que, por Virgínia ser a filha caçula, a chegada dela à família trouxe ciúme na casa, antes mesmo dela herdar “o rosto” da mãe. Segundo ela, o filho mais velho, Frederico, hoje com 27 anos, sentiu o seu território ameaçado com a chegada de uma irmã.

“O Fred ficou com ciúmes, mas assim que ela nasceu nós dissemos para ele que ela era dele e que seria responsabilidade dele cuidar dela. Desde então ele sempre está zelando por ela, e, por termos família grande, sempre teve atenção para todos”, disse.

Apesar da grande sintonia, a médica veterinária conta que a relação entre ela e Mônica fica tensa quando ela não cumpre com as responsabilidades de “mãe” do Scotch, o cachorro da família. “Ela fica bem brava quando ele faz arte e sobra para ela limpar ou arrumar”, brincou.

Mãe e filha dividem a responsabilidade 'materna' do cão Scotch, em Goiânia (Foto: Murillo Velasco/G1)

Mãe e filha dividem a responsabilidade 'materna' do cão Scotch, em Goiânia (Foto: Murillo Velasco/G1)

 

LAIANY E LÊDA

 Laiany Gabriela e Lêda Ferreira, mãe e filha, se acham parecidas, em Goiânia (Foto: Murillo Velasco/G1)

Laiany Gabriela e Lêda Ferreira, mãe e filha, se acham parecidas, em Goiânia (Foto: Murillo Velasco/G1)

As iniciais do nome são as mesmas. Segundo elas, muitos dizem que o rosto também é igual. A psicóloga e maquiadora Laiany Gabriela Ferreira, de 22 anos, conta que cresceu ouvindo as pessoas dizerem que ela se parecia fisicamente com a mãe, a cabelereira Leida de Matos Ferreira, de 43 anos.

“Acho que me pareço com ela desde a minha adolescência, por volta dos 12 anos. Eu acho muito bom, por parecer com alguém que eu amo e a admiro muito. Somos muito diferentes quanto à personalidade, mas nos parecemos quanto a sermos apaziguadoras, estar bem com todo mundo”, conta.

Laiany afirma que as vezes os papéis se invertem e ela é a responsável por “dar broncas” na mãe. Apesar disto, a jovem conta que o fato de conviver sempre no meio do salão de beleza com a mãe, a inspirou a gostar de maquiagem e, mesmo tendo se tornado uma psicóloga, não deixou o ramo da beleza de lado.

Laiany diz que, de vez em quando, tem que dar broncas na mãe, Lêda, em Goiânia (Foto: Murillo Velasco/G1)

Laiany diz que, de vez em quando, tem que dar broncas na mãe, Lêda, em Goiânia (Foto: Murillo Velasco/G1)

 “Somos amigas, mas eu sou de chamar atenção dela por as vezes ela ser mais calma, resolver as coisas mais devagar, e eu sou ao contrário, gosto das coisas na hora, para ontem. Ela me influenciou bastante a gostar de beleza. Sempre estive no meio da beleza, no salão dela desde criança, a via trabalhando e eu passava batom vermelho escondido dela”, disse.

A cabelereira diz que se sente feliz em ter uma filha com suas características físicas e afirma que, apesar de personalidades diferentes, elas têm muito em comum.

“Ela é bem madura nas suas ideias, de grande responsabilidade. Eu gosto de saber que ela é parecida comigo no jeito de ser e também fisicamente, porque ela é linda. Dia das Mães, para mim, é a data mais importante depois do aniversário. Filho também é o sentido da vida”, disse a cabelereira.

Laiany e Lêda dizem que se parecem mais uma com a outra a cada dia, em Goiânia (Foto: Murillo Velasco/G1)

Laiany e Lêda dizem que se parecem mais uma com a outra a cada dia, em Goiânia (Foto: Murillo Velasco/G1)

 

ANA LUIZA E ALESSANDRA

 Ana Luiza e Alessandra Rezende comemoram juntas o Dia das Mães em Goiânia (Foto: Murillo Velasco/G1)

Ana Luiza e Alessandra Rezende comemoram juntas o Dia das Mães em Goiânia (Foto: Murillo Velasco/G1)
A estudante Ana Luiza Martins Rezende, de 12 anos, é a única filha da empresária Alessandra Martins de Souza Rezende, de 38 anos. Tímidas, e ao mesmo tempo carismáticas, as duas falam que as semelhanças físicas vieram com o tempo. A empresária acredita que os olhos, as sobrancelhas e o nariz são as partes do corpo em que elas mais se parecem.
“Acho que nos parecemos mais agora. Ela é tímida e reservada assim como eu era, sistemática, mas carismática. Nos damos super bem, ela me respeita muito, é uma filha excelente. Até hoje continua independente e determinada”, contou a empresária.

Ana Luiza conta que gosta e fazer várias atividades junto com a mãe, mas que, volta e meia, briga com a mãe. “Nós somos bem amigas e parceiras, mas brigamos bastante. Quando demoro para fazer minhas tarefas ela fica bastante estressada, mas não sei muito bem o porquê”, brincou.

Para a empresária, o Dia das Mães é um momento importante para refletir sobre a importância do papel da mãe no desenvolvimento de uma criança, do ser humano.

“Nos faz lembrar da pessoa que, se preciso for, dá sua vida pelos filhos. A mãe é uma peça fundamental na vida de uma criança”, afirma.

Alessandra e Ana Luiza Rezende se acham 'quase idênticas', em Goiás (Foto: Arquivo Pessoal/Alessandra Rezende)

Alessandra e Ana Luiza Rezende se acham 'quase idênticas', em Goiás (Foto: Arquivo Pessoal/Alessandra Rezende)