Alunas da UFG projetam abrigo humanizado e transportável para refugiados

Data: 21 de junho de 2017

Fonte/Veículo: Diário da Manhã

Link direto da notícia: http://www.dm.com.br/cotidiano/2017/06/alunas-da-ufg-projetam-abrigo-humanizado-e-transportavel-para-refugiados.html

 

 

Cinco alunas do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Goiás (UFG) construíram o projeto “Abrigo Pivô” com o objetivo de beneficiar os refugiados, que deixam suas casas e seus países por causa de guerras, perseguições e violações de direitos humanos. Assim, as estudantes se sentiram instigadas a propor algo humanizado, transportável, confortável, de fácil montagem/desmontagem, estável e constituído por materiais acessíveis quanto ao custo e à disponibilidade.

O projeto desenvolvido pelas estudantes Laura Carvalho Santana, Lorena Passos Silva, Priscilla Freire da Silva, Sarah Domingos Batista e Talita Vianna de Assis, utiliza placas de fibra de madeira (MDF) em sua estrutura, que recebem cortes estratégicos para mais de uma opção de encaixe e podem ser transformadas em paredes, colunas e móveis como mesas, bancos e camas.

O abrigo tem janelas e portas pivotantes garantindo a ventilação ao ambiente. A parte superior da casa é coberta por lona e calhas galvanizadas que captam a água da chuva para armazenamento sustentável. O projeto conta ainda com uma área externa de integração e descanso, onde é possível estender um varal de roupas ou armar uma rede de balanço.

Projeto Casa Pivo

 

Seguindo a mesma ideia, elas também projetaram espaços coletivos e elaboraram plantas referentes a um posto de saúde dividido em quatro consultórios; uma escola com capacidade para 24 pessoas; um refeitório com 48 lugares e um banheiro coletivo, com pias, sanitários e chuveiros.

O trabalho das garotas conquistou menção honrosa na 18ª edição de um prêmio do portal projetar.org. Para os professores da UFG, Christine Ramos Mahler e Braulio Romeiro, é necessário dar reconhecimento a ideias que busquem soluções para situações que fragilizam as condições de moradia da população mundial. “Seja em função das catástrofes ambientais, como o caso da cidade de Mariana, ou problemas sócio-políticos, como é o caso recente da alocação de refugiados em países europeus, em especial na Alemanha, o mundo precisa pensar em estratégias de abrigos temporários”, afirmou a docente.

(Fotos: Ascom -UFG/ Carlos Siqueira)