Turistas no Araguaia não seguem práticas ambientais adequadas

Data: 04 de julho de 2017
Fonte/Veículo: Comunicação Imparcial
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Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e coordenada pelo professor da Faculdade de Educação Física e Dança da UFG, Humberto Luís de Deus Inácio estudou o comportamento dos turistas que frequentam o rio Araguaia. Para os pesquisadores, é necessária uma maior conscientização por parte das pessoas e uma fiscalização mais rígida.

Segundo a pesquisa, no discurso, os visitantes dizem saber a importância de se preservar o meio ambiente, porém, na prática, não cuidando do próprio lixo gerado, poluem a água e produzem poluição sonora. A pesquisa foi feita em 2013, em Aruanã e agora teve seus resultados divulgados.

A pesquisa questionou os visitantes sobre como eles cuidavam do meio ambiente e do lixo, se evitam fazer ruídos quando praticavam atividades na natureza, se priorizavam meios de transporte e produtos menos poluentes, entre outros.

As respostas analisadas acusaram consciência ambiental de média para alta. Em seguida, os pesquisadores observaram o comportamento dos turistas em três tipos de acampamentos para perceber se as declarações correspondiam com a prática.

Nos acampamentos promovidos por instituições como sindicatos, bancos e federações, em que existem regras de convívio, recipientes de depósito de lixo, coleta seletiva e horário estipulado para atividades, o comportamento ambiental se aproximou das declarações registradas nos questionários.

Nos acampamentos familiares, houve variação entre discurso e prática, uma vez que cada grupo reunido seguia uma dinâmica própria de convivência. Entretanto, nos acampamentos de fim de semana que recebem a maior parte dos turistas e onde estão os bares, o contraste foi mais elevado.

A ausência do poder público foi uma questão que chamou a atenção dos pesquisadores. “A prefeitura recolhe o lixo das ilhas. Os barcos passam em pontos estratégicos e recolhem os sacos de lixo. Então o barco para, o gari joga o saco para dentro e vai embora. O que está espalhado fica na ilha, ninguém pega”, explicou o professor.

Fonte: Diário do Estado GO/Carlos Humberto