Pesquisadoras da UFG criam vaquinha online para expor trabalho na Colômbia

Depois de aprovado pela comissão avaliadora, o sonho de apresentar o trabalho acadêmico em um importante evento internacional encontra como principal obstáculo a falta de recursos para custear a viagem. Alunas bolsistas do PPGCOM, Jordânia e Raphaela não conseguem arcar sozinhas com os gastos que envolvem a participação no congresso, como inscrição, passagens, hospedagem e alimentação. 

 

Para tentar levantar o montante necessário, cerca de R$ 7 mil, as pesquisadoras recorreram a um crowdfunding – um financiamento coletivo online. O objetivo é arrecadar o valor até dia 10 de julho para a cobertura dos gastos estimados. Raphaela conta que antes da vaquinha, a dupla buscou outros meios para conseguir o dinheiro que bancará a viagem. "As universidades públicas vivem um momento de contenção de gastos, mas ainda assim, conseguimos junto ao PPGCOM a verba para pagamento das inscrições do congresso - US$ 175 para cada. Mais do que isso não foi possível, mesmo procurando recursos em várias instâncias da instituição", explica.

 

Além de procurar a direção do Programa, as mestrandas venderam quitutes de café da manhã em eventos da universidade e fizeram também a rifa de uma cesta com guloseimas no Dia dos Namorados para arrecadar dinheiro, mas não foi suficiente. Por isso, as duas recorreram ao financiamento coletivo. "A realização da vaquinha é uma forma de tornar possível a difusão de uma pesquisa acadêmica que tem valor científico, colocando-a também sob avaliação de renomados pesquisadores, e dará origem a trabalhos ainda mais amplos", completa Raphaela.

 

O trabalho das mestrandas tem apresentação prevista para o dia 18 de julho. O artigo estuda Comunicação e Migração com foco em sírios que vivem em Goiás e como ocorre a recepção das notícias sobre o seu país. Jordânia ressalta que o congresso para o qual foram selecionadas é um dos mais importantes do mundo na área. "O IAMCR é um dos principais congressos sobre comunicação e mídia do mundo. Poder apresentar a nossa pesquisa e receber contribuições teóricas de pesquisadores de vários países para dar continuidade ao nosso trabalho é um privilégio", destaca.

 

Além de apresentar a pesquisa, a dupla acredita que a participação no evento é a oportunidade de dar visibilidade aos trabalhos desenvolvidos no Brasil sobre o tema. "É uma forma de tornar a ciência que se faz por aqui, nessa área, conhecida. Nós levamos mais do que nossos nomes, apresentamos àquelas pessoas um estudo inédito, de qualidade e sobre uma temática urgente, que é a relação entre comunicação e migração num contexto de crise humanitária", ressalta Jordânia.

 

Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho de Jordânia e Raphaela, basta acessar a página no Facebook (Goianas no IAMCR 2017) e perfil no Instagram (@goianasnoiamcr). Para ajudá-las é só contribuir com a vaquinha, clicando aqui.