UFG divulga estudo sobre a raposa-do-campo

Data da notícia: 11 de julho de 2017

Veículo/Fonte: O Hoje

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Um dos menores canídeos do mundo, a raposa-do-campo (Lycalopex vetulus), também conhecida como raposinha, é um animal raro e aparece exclusivamente no Cerrado brasileiro. Todavia, ainda se sabe muito pouco sobre a espécie. Pensando nisso e em busca de compreender os hábitos do animal bem como o modo como ele vive em áreas de agroecossistemas, um grupo de pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG) tem monitorado alguns exemplares encontrados no município de Cumari, no Sul do Estado. Os estudos concluíram que a espécie corre risco de extinção. 

Segundo pesquisadores, quase 50% das mortes desses animais fora de unidades de conservação são de causa humana. Destoando da maior parte dos estudos de canídeos já realizados, que quase sempre ocorre em territórios protegidos, como parques nacionais, a pesquisa coordenada pelo professor do curso de Ciências Biológicas da Regional Catalão da UFG, Frederico Gemesio Lemos, monitora as raposinhas em uma região de fazendas privadas no sudeste de Goiás.

Os pesquisadores notaram que a maioria das raposas-do-campo morre com apenas oito meses de idade. As mortes mais comuns se dariam por tiro, envenenamento ou enterrando a toca com os filhotes e o homem seria o principal responsável.

Foram instalados colares com radiotransmissores e brincos de identificação numerados nos animais monitorados. Assim, buscou-se compreender, por exemplo, como o animal interage com outras espécies e seus hábitos mais comuns. A pesquisa contou com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e teve parte de suas ações focadas na divulgação da raposinha em escolas, órgãos ambientais regionais, estaduais e federais, e na internet.

Além da possibilidade de extinção, os pesquisadores também identificaram algumas fatos especiais da espécie. Trata-se de um animal carnívoro, embora se alimente principalmente do cupim. Os machos tem participação ativa na criação dos filhotes, sendo os responsáveis por levar comida e pajeá-los, defendendo-os de possíveis agressores. A fêmea, por sua vez, passa as noites se alimentando e amamentando em intervalos longos de tempo. Os estudos também aborda o momento em que a espécie chega à vida adulta, migrando frequentemente por mais de 15 km.

Fonte: Ascom UFG