Universidades na mira de assaltantes

Data: 23/04/2015

Veículo: O Hoje

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Caso registrado na Uni-Anhanguera na madrugada de ontem, alerta instituições e autoridades para cuidados com a segurança nos locais

 

Com um grande número de pessoas, carros, aparelhos eletrônicos e facilidade de acesso, as universidades se tornam um “prato cheio” para assaltantes. Na madrugada de ontem, mais um caso ocorreu, durante uma tentativa de roubo dentro da faculdade Uni-Anhanguera, no Setor Cidade Jardim, em Goiânia. De acordo com as investigações da Polícia Civil, dois assaltantes entraram na faculdade para arrombar um caixa eletrônico. Um homem de 30 anos morreu na troca de tiros e os outros envolvidos fugiram e o caso segue sob investigação.

Segundo assessoria da Uni-Anhanguera, a faculdade ainda espera a conclusão das investigações, mas pretende reforçar a segurança da Instituição. Em nota, é afirmado que todos lamentam pelo crescente grau de violência que assola a todo país, mas que confiam nas ações das autoridades na prevenção de fatos como este. E que, apesar do ocorrido, as aulas seguem normalmente.

Devido à insegurança por este e outros episódios, estudantes e funcionários destas Instituições alegam receio dentro das universidades, e medo principalmente na hora de saída no período noturno. A estudante de Pós Graduação em geografia, da UFG, Jessyca Tomaz de Carvalho, de 22 anos, conta que vários colegas já passaram por situações de drama dentro e fora da faculdade. Mas que apesar da boa intenção dos vigilantes, estes se diziam apenas responsáveis pelo patrimônio da universidade. “Os guardas nos orientam a guardar nossos celulares, mas é só isso. Entra quem quiser”, explica.

A funcionária de serviços gerais da UFG, relata que foi assaltada, há algumas semanas, no ponto de ônibus no Campus Samambaia da Instituição. “Dois homens em uma moto me abordaram com uma faca e levaram minha bolsa e celular, como eles me levaram tudo, foi terrível além do medo, não ter como voltar para casa sem dinheiro”, diz a funcionária que preferiu não se identificar.

 

O estudante de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GO), Alex Rodrigues Guimarães, de 24 anos, também reclama da falta de segurança que existe atualmente na universidade em que estuda. “Um colega meu já foi agredidono Campus do Jardim Goiás, também há episódios frequentes, toda semana eu garanto, de roubos ou tentativas no estacionamento. Não há um controle de quem entra e quem sai”, relata.

 

Providências

Ambiente movimentado acaba chamando a atenção de assaltantes

Em vista deste e outros episódios de violência, as universidades goianas vem reforçando também a vigilância para impedir casos como este. De acordo com o Diretor do Centro de Gestão do Espaço Físico, Marco Antônio de Oliveira, responsável pela vigilância da Universidade Federal de Goiás (UFG), foram tomadas providências. “O GCE, nosso órgão possui 30 pessoas e fazemos um controle de casos que chegam a nós, e temos estatísticas que o número de casos após nossas iniciativas vem diminuindo. Já que a Polícia Militar (PM) não está mais fazendo ronda, nós mesmos colocamos uma ronda motorizada agora no Campus Samambaia, que é o campus em Goiânia com maiores reclamações, além disso, são feitas abordagens em suspeitos pela área”, garante.

Segundo a assessoria de imprensa da PUC Goiás, a vigilância da Instituição é terceirizada e já existem câmeras de monitoramento em todas as áreas. Para uma melhoria na segurança, a universidade irá implantar catracas, com o objetivo de controlar a entrada e saída e para isso também haverá o cadastramento de todos alunos e funcionários.