Em função das chuvas abaixo da média no início do ano, havia preocupação dos especialistas sobre uma possível seca mais severa a partir do meio do ano. Estudiosos afirmavam que, para não faltar água a partir de agosto seria necessária a extensão do período chuvoso, que normalmente termina em abril. Apesar das chuvas de maio trazerem essa esperada extensão, para o especialista em hidrologia Marcos Correntino ainda há temor de falta de água. Segundo ele, a precipitação de agora não é suficiente para repor o déficit do lençol freático. “A recarga dos aquíferos leva tempo”, diz.

A professora do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG), Sandra de Fátima Oliveira, também vê com ressalvas a recuperação do lençol freático. “Nosso índice de desmatamento é alto, o que não favorece a infiltração.”

Por meio de nota, a Diretoria de Produção da Saneamento de Goiás S/A (Saneago) informa que a extensão do período chuvoso alivia a preocupação com a estiagem em alguns municípios. “Mas, independentemente disso, a Saneago tem tomado uma série de ações para garantir o fornecimento de água tratada durante o período.”