Aventura de amor perigosa

Data: 15 de maio de 2015

Fonte/Veículo: O Popular

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História de jovens de 15 anos que fugiram “por amor” expõe dilemas na relação familiar

15/05/2015 05:00

Gabriela Lima (com Vandré Abreu)

Um casal de adolescentes, ele de Goiânia e ela de Brasília, decide fugir para driblar a distância e viver uma paixão. Max Felipe Santos Paiva e Giovana Valentim, ambos com 15 anos, embarcaram em uma perigosa aventura que acabou em final feliz, pelo menos para os pais, com a volta dos dois em segurança para casa.

Max e Giovana namoravam há quase dois meses e tinham se visto pessoalmente apenas duas vezes quando decidiram fugir para Guarapari (ES), onde a família da menina tem um imóvel. “A gente queria sumir para ficar junto”, conta Max, que nem de longe lembra o estereótipo de garoto problema.

Depois de planejar a fuga por duas semanas, o garoto esperou a família deitar, na noite de sábado, e nas primeiras horas de domingo pegou o carro do pai e seguiu pela BR-153 até Brasília, onde buscou Giovana. De lá, partiram para o destino, passando por várias barreiras policiais e por dois postos de pedágio até Araguari (MG), onde pararam com o fim dos R$ 300 que haviam levado. Na cidade, viram que a fuga havia sido descoberta pela família. “Ele traçou a rota no computador, mas esqueceu de apagar o histórico”, conta o pai. Max, então, mudou o plano: seguiria até Belo Horizonte, onde tinha amigos que conheceu na internet.

A psicóloga e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Raquel Maracaípe diz que, apesar da história não ter culpados ou inocentes, não se pode esquecer os riscos que o casal correu. “Adolescentes têm essa necessidade de testar os limites”, diz. Segundo ela, porém, não só adolescentes tendem a acreditar que todo relacionamento é o último.

Finalmente, o casal foi localizado pela Polícia Militar na noite de quarta-feira, em Araguari. Os pais de ambos os buscaram ainda na madrugada de ontem e minimizaram a gravidade do caso. Raquel, no entanto, alerta que, de agora em diante, os pais devem exercer sua autoridade: “Os pais não podem se tornar reféns dos atos dos filhos.”