Planejamento deve ser mais adequado

01 de agosto de 2015

Fonte: O Popular

Link da matéria: http://www.opopular.com.br/editorias/cidades/planejamento-deve-ser-mais-adequado-1.912039

 

Arquiteta urbanista e especialista em transportes, a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Erika Cristine Kneib, explica que o serviço do Citybus deve ter um planejamento mais adequado no sentido de entender qual é a sua demanda. “Atualmente ele é usado apenas como uma opção às linhas convencionais”, diz. Ou seja, o usuário que tem um dinheiro a mais ou não quer esperar o ônibus utiliza o microônibus em poucas situações, não sendo um cliente assíduo.

Erika Kneib acredita que, após seis anos, o Citybus mostrou que não há uma troca do veículo particular pelo coletivo apenas com o mote do conforto, como foi a expectativa pelo serviço quando de seu lançamento, em abril de 2012. Para a professora, se o Citybus fosse bem planejado, junto com restrições aos carros, por exemplo, haveria uma adesão maior, já que a alternativa é boa.

“Imagine se houvesse restrição de carros no Centro de Goiânia e um polo de estacionamento há alguns quilômetros dali? Seria possível criar linhas de microônibus entre esse trecho, por exemplo”, argumenta Erika. O erro, no entanto, está em acreditar que há competição com o veículo particular. A especialista indica que seja feito um estudo diferenciado para entender a demanda, já que há uma estabilidade no número de usuários e, logo, um público que torna a opção viável.

Atualmente, as dez linhas existentes se concentram na Região Sul e Sudoeste de Goiânia, em que a maioria passa pela Praça Universitária e Praça Cívica, utilizando o corredor preferencial para o transporte nas avenidas Universitária, 85 e T-63 (veja quadro ao lado). A ideia é que com a finalização dos corredores e a construção dos demais (especialmente T-7 e T-9) possa haver maior confiabilidade no serviço, fazendo com que o Citybus se torne, de fato, uma opção para todos os usuários, com o aumento no número de passageiros.