UFG quer aumentar segurança

18 de novembro de 2015

Fonte: O Popular

Link da matéria: http://www.opopular.com.br/editorias/cidades/ufg-quer-aumentar-seguran%C3%A7a-1.990183

 

 

Universidade tenta elaborar plano de ação contra casos de roubos, furtos e tráfico e consumo de drogas nos câmpus

 

Estacionamento de carros e ponto de ônibus no Câmpus 2: locais são visados por criminosos

 

Numa iniciativa inédita em todo o País, a Universidade Federal de Goiás (UFG) vem realizando ações desde o ano passado para construir uma política de segurança a ser aplicada em todos os seus câmpus. Responsável pelo trabalho, o Núcleo de Estudos Sobre Criminalidade e Violência (Necrivi), da instituição, chegou à conclusão que diante do avanço dos índices de violência é preciso agir não apenas para ampliar a segurança ao patrimônio da UFG e à comunidade universitária, mas essencialmente para que exista um sentimento de justiça.

Em janeiro deste ano O POPULAR mostrou a situação de vulnerabilidade do Câmpus 2 da Universidade Federal de Goiás com denúncias sobre ação de traficantes, consumo de drogas e roubos dentro dos limites da instituição. Funcionários e professores que preferem não se identificar confirmam que furtos e arrombamentos de veículos nos estacionamentos aumentaram muito nos últimos anos.

O mesmo ocorre com os índices de assalto à mão armada nos pontos de ônibus e de consumo de entorpecentes. “Está fora de controle. Principalmente no horário noturno nos pátios da Faculdade de Informação e Comunicação e do Instituto de Matemática e Estatística. Os estudantes estão consumindo drogas livremente”, conta um docente. Segundo ele, um professor chegou a ser ameaçado de morte ao chamar a atenção dos alunos.

Desde o dia 28 de outubro e até 19 de novembro, o Necrivi realiza audiências públicas nas unidades da UFG de Goiás, Jataí, Catalão e Goiânia para debater a segurança interna. O ponto de partida das discussões é o estudo Violências, conflitos e crimes: subsídios para a formulação da política de segurança da UFG, realizado pelo próprio Necrivi e divulgado em julho deste ano. O levantamento identificou conflitos intersubjetivos, crimes e contravenções registrados nos câmpus da UFG e nas delegacias de polícia em duas séries temporais: 2005 a 2007 e 2011 a 2013.

Reuni

A primeira série do recorte temporal é imediatamente anterior à implantação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que expandiu de maneira significativa tanto o espaço físico quanto a oferta de vagas e de cursos na UFG. A segunda série de dados da pesquisa foi colhida três anos após a implantação do Reuni na instituição, o que ocorreu em outubro de 2007.

“Proporcionalmente ao crescimento da universidade, os índices permanecem estáveis. O que tem aumentado são roubos. Há uma relativa estabilidade de violência e agressões”, afirma o professor Dijaci David de Oliveira, coordenador do Necrivi. Segundo ele, no primeiro semestre de 2016, uma nova rodada de audiências públicas será realizada para que até meados do ano seja apresentado um plano de segurança para a UFG.