Evento incentiva a formação continuada de docentes
Data: 23 de novembro de 2015
Fonte/Veículo: Adufg
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Autor : Italo Wolff
Fonte : Ascom UFG -
Teve início na manhã desta sexta-feira (20/11), no auditório da Faculdade de Nutrição, o I Encontro Internacional da Linha de Pesquisa Ensino na Saúde da UFG. O encontro tem o objetivo de aprimorar a prática docente na área da saúde, comemorar os 40 anos das Faculdades de Nutrição e Enfermagem, e aproximar graduação e pós-graduação. A palestra de abertura do evento foi realizada pelo professor Miguel Zabalza da Universidade de Santiago de Compostela – Espanha.
Miguel Zabalza, em sua exposição, afirmou a necessidade de mudança das universidades e da formação continuada dos docentes. Segundo ele, a formação de professores universitários é, em geral, débil, e repensar a prática docente é necessário. “A universidade não precisa de uma revolução. Precisa de um esforço sistematizado para introduzir novos objetivos e novas ideias de como ensinar e aprender” declarou.
Para expor as soluções que julga ideais, Zabalza primeiramente problematizou o modelo de formação atual dos docentes. Segundo ele, oficinas e workshops sobre didática oferecidas a profissionais que não necessariamente passaram por esses conteúdos em sua formação (médicos, por exemplo) são interessante em nível local. “Mas a universidade que quiser formar professores de medicina profissionais terá de fazer isso institucionalmente”, afirmou. Zabalza também questionou a tendência de isolação a que são submetidos os professores pesquisadores, a falta de tempo em suas rotinas e a formação exclusivamente teórica ou prática.
O professor defendeu a necessidade de um sistema que induza o docente a repensar suas práticas. Segundo ele, a diferença entre o ser professor e o estar professor é que o primeiro se questiona “formação para quê? Para quem? Qual tipo de ensino é mais eficaz neste caso?”. Para tanto, elencou como fundamental que haja no ambiente de trabalho do professor universitário: comunicação entre docentes, projetos guia de aprendizagem, o estudo das variáveis institucionais, projetos de pesquisa e a incorporação de novas tecnologias no ensino.
Zabalza refletiu sobre o modelo atual , baseado na creditação, após contar que em uma universidade inglesa que havia visitado todos os docentes tinham de possuir mestrado na área de ensino. Ele propôs um modelo em que um determinado número de cursos, mais uma tese final, se igualariam a um mestrado, por exemplo. “Desta forma, os professores entenderiam que o esforço para melhorar sua docência seria significativo.” finalizou Zabalza.