A angústia que durou horas

Data: 9 de janeiro de 2016

Fonte/Veículo: O Popular

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Alunos tiveram de esperar até as18 horas de ontem para acessar o resultado. Após a divulgação, porém, site ficou congestionado

09/01/2016 06:00

 

Pedro Nunes

 

A previsão para a divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 até ontem pelo Ministério da Educação foi cumprida. No entanto, o resultado só foi liberado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) depois das 18 horas.

A angústia para muitos dos alunos que fizeram a prova em outubro do ano passado foi prorrogada porque eles tiveram de esperar mais de uma hora para ter acesso, já que o site ficou congestionado após a liberação do resultado.

Várias reclamações foram publicadas nas redes sociais do Inep - entre elas, a queda do sistema. Algumas pessoas relataram ainda que quando acessaram o site obtiveram a nota de outro estudante.

A principal reclamação, porém, foi em relação à nota da redação. A promessa era que ela seria divulgada na mesma hora das demais disciplinas.

Alunos do Colégio Expovest de Goiânia, por exemplo, relataram a dificuldade. Segundo os estudantes, a página específica do boletim de desempenho ficava em branco quando eles tentavam o acesso. No grupo de uma das salas do terceiro ano da escola no Whatsapp, com 35 estudantes, apenas três tinham conseguido o acesso nos 30 minutos iniciais após a divulgação.

Foi o caso de Arthur Santana, de 17 anos. Para ele a demora foi decepcionante. “Sem dúvida é bem complicado. Muitos alunos tiveram dificuldade pra acessar as notas e os que conseguiram tiveram uma surpresa: a ausência da nota de redação que, na minha opinião, é a mais esperada”, critica.

Arthur só conseguiu acessar a sua nota depois de uma hora e 15 minutos. “Toda essa situação é desestimulante”, avalia.

 

Ingresso

Com o resultado de ontem, ele pretende cursar Direito ou Relações Internacionais na Universidade Federal de Goiás (UFG).

Em 2014, ele também fez o Enem como treineiro e chegou a passar em Direito, mas por não ter finalizado o ensino médio não conseguiu ingressar na universidade desejada. “Cheguei a entrar na Justiça, mas o juiz não autorizou minha entrada na UFG.”

Nesse ano, porém, ele está confiante de que ficará com a vaga. “Fiquei um pouco decepcionado com humanas e redação, porque fui melhor no ano passado. Em redação, por exemplo, fiz 900 em 2014, agora fiz 880”, conta. “Mas no geral, usando os pesos adotados pela UFG, acredito que a minha média tenha ficado boa e creio que seja o suficiente para passar”, completa o estudante, otimista.