Nem no dia da mulher há trégua

Data: 09/03/2016

Fonte/Veículo: O Popular

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Movimento na delegacia especializada é intenso mesmo na data em que se lembra luta por direitos iguais e contra violência

O Dia Internacional da Mulher foi marcado por uma polêmica nas redes sociais: o 8 de março é uma data para felicitações ou protestos? Para a militante feminista e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) Angelita Lima, não há dúvida: no Brasil, onde muitos direitos das mulheres estão sob ameaça, é necessário retomar o sentido de luta. O movimento intenso na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) também indica que o momento "comemorativo" passa e a necessidade de manter o debate sobre o tema continua.

Com atendimento 24 horas, a Deam realiza em média de 25 a 30 procedimentos por dia. Ontem, das 8 e 16 horas, 30 mulheres buscaram a delegacia. Algumas para registrar queixas, outras para pedir orientação sobre como se portar diante de agressões, ameaças e intimidações.

Na Deam há vítimas de todas as idades e diferentes classes sociais, mas com histórias parecidas. De acordo com a delegada titular, Ana Elisa Martins, a maioria das ocorrência é por ameaça ou injúria de companheiros e ex-companheiros.