Abertas as inscrições para os eventos do Projeto Cidade Possível

Data: 01/04/2016

Veículo: Universidade Federal de Mato Grosso

Link da notícia: http://www.ufmt.br/ufmt/site/noticia/visualizar/27989/Cuiaba

 

Estão abertas as inscrições para a participação nas palestras, conferências, mesas-redondas e oficina do Projeto Cidade Possível, que ocorrerão de 02 a 07 de abril, na Universidade Federal de Mato Groso (UFMT) - Câmpus Cuiabá. Os interessados também já podem se inscrever para o II Colóquio Cidade Pensada - uma reflexão sobre a cidade e suas complexidades, que acontece de 05 a 07 de abril, das 14h às 16h, no Centro Cultural da UFMT. Nos dias 04 a 06 de abril, a artista visual, pesquisadora e curadora, Lílian do Amaral Nunes, ministrará a oficina R.U.A: realidade urbana aumentada, com o número limitado de vagas a 30 inscritos. Para que os participantes possam receber o certificado é indispensável a realização das inscrições. Na solenidade de abertura, que será realizada no sábado (02 de abril), às 20h, no Teatro Universitário, a escritora e professora Maria Adélia Aparecida de Souza ministrará a conferência “Urbanidade e lugar/ Razão e emoção: diálogos entre a Geografia e a Geopoética”. 


Na quinta-feira (07/04), Lílian do Amaral Nunes proferirá a conferência “Realidade Urbana Aumentada: Geopoética dos Sentidos - Laboratório Nômade”, em que abordará a cidade do pondo de vista da arte e como esta pode despertar a potencialidade da criação de cada indivíduo que habita o espaço urbano. Na segunda (04), a psicoterapeuta e crítica cultural, Suely Rolnik também ministrará, às 14h, a conferência “Pensar a partir do saber-do-corpo: uma micropolítica para resistir ao inconsciente colonial-capitalístico”, por meio da qual apresentará uma proposta de construção de territórios de existência e de contornos cambiantes de subjetividade. Ainda na segunda-feira, às 19h, é a vez do doutor em espaço público e regeneração urbana, o espanhol Antoni Remesar, ministrar a palestra “Espaço público e regeneração urbana”. Segundo ele, a arte pública urbana é elemento constituinte das cidades. 


Na terça-feira (05/04), a doutora em História e Teoria das Artes, a argentina Julia Sagasseta, proferirá, às 19h, a palestra “Cidade e Performance: arte contemporânea na América Latina”, por meio da qual apresentará sua ótica performática de ver a realidade. E na quarta-feira (06/04), o artista plástico e pesquisador da Arteterapia, Rolf Adberhalden, da Colômbia, ministrará, às 19h, a conferência “A cidade e a cena: a experiência do Mapa Teatro e os processos de criação transdisciplinares”, na qual falará da arte como um espaço propício para a fusão de linguagens e leituras, pelas quais pode-se articular os problemas locais e globais. 


O II Colóquio Cidade Pensada - uma reflexão sobre a cidade e suas complexidades começa às 14h do dia 05, no auditório do Centro Cultual, e vai até ás 16h do dia 07 de abril. As inscrições para o colóquio também poderão ser feitas no local, antes do início da programação. O objetivo do Colóquio é disponibilizar ao público as pesquisas realizadas pelos professores e pesquisadores do Ecco/UFMT. Os temas são vinculados ao Estado de Mato Grosso e à Cidade de Cuiabá. A programação será realizada por meio de debates divididos em 12 mesas redondas com os seguintes temas: Mesa 1: Cuiabá das crianças: pesquisas em diálogo; Mesa 2: Visual virtual MT e coreografias do Siriri; Mesa 3: Cuiabá: territórios, paisagens e lugares nas políticas públicas; Mesa 4: Biodiversidade e sustentabilidade; Mesa 5: A Cidade e as urgências de nossos dias; Mesa 6: A Crise urbana e a cidade como possibilidade; Mesa 7: Cuiabá, o rio e a cidade: história, patrimônio e paisagens culturais; Mesa 8: Cuiabá, beco do candeeiro: psicanálise na rua; Mesa 9: Espaços indígenas; Mesa 10: Educação do corpo, culturas e identidades étnico-raciais em Cuiabá; Mesa 11: Justiça climática e educação ambiental; e Mesa 12: Condições de vida e saúde da população idosa de Cuiabá. 


A proposta do Projeto Cidade Possível é fomentar esse diálogo a fim de encontrar caminhos para a melhoria da cidade de Cuiabá, promovendo a união entre a universidade, sociedade civil e artistas da capital. Desenvolvido por professores e alunos do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea (Ecco) e a Faculdade de Comunicação e Artes, a iniciativa conta com a participação de pessoas interessadas em trazer mudanças para a cidade de Cuiabá. O programa culminará com 100 ações ligadas à arte e cidadania, a serem desenvolvidas no dia 03 de abril, o domingo que antecede o aniversário de Cuiabá (08 de abril), por grupos sociais, coletivos e indivíduos que tenham uma proposta de pensar e sentir a cidade. “Queremos pensar/agir/reencantar cidade de Cuiabá no mês de abril de 2016, na comemoração dos seus 297 anos”, sintetiza a coordenadora do projeto, a professora Maria Thereza Azevedo.

Já está disponível no site do projeto a programação definitiva do Cidade Possível. Se interessou pelo projeto? Quer saber mais? Acesse o link cidadepossivelcuiaba.org e, para se inscrever, acesse o link de inscrições. E ainda dá tempo para cadastrar as ações de arte e cidadania no 100em1dia aqui.

Convidados

Maria Adélia é doutora em Geografia pela Universidade de Sorbonne de Paris e atua no programa de pós-graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo (USP). Com larga experiência na área de planejamento urbano, ela desenvolve pesquisas nas áreas de epistemologia da geografia, usos do território brasileiro, desigualdades socioespaciais e planejamento territorial, que fundamentam o que ela denomina de Geografias da Desigualdade. Autora de vários livros, dentre eles “A Metrópole e o Futuro”, no qual produz reflexões que contribuem para a melhor compreensão do mundo. Segundo Adélia, o espaço geográfico é uma instância social, e para entender como é o mundo, antes tem que tê-lo na cabeça.


Lilian do Amaral Nunes é Artista Visual, Pesquisadora e Curadora Independente. Possui pós-doutorado em Arte e Cultura Visual pela Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás. Lilian faz parte do Grupo Internacional e Interinstitucional de Pesquisa em Convergência entre Arte, Ciência e Tecnologia – IA/Unesp e é Membro do Grupo de Pesquisa BR AC, Barcelona Recerca Arte Contemporàni. Lilian vê a cidade como um lugar de coleções, de histórias, de gente. Assim, estuda a cidade a partir da relação com seus fragmentos. Para ela o museu é como um espaço poroso, que se justifica na sua relação com o público urbano; a arte precisa fazer sentido na vida das pessoas para que elas possam se reinventar a partir da potencialidade da criação.


Suely Rolnik é psicoterapeuta e crítica cultural, formada em sociologia e filosofia pela Université Paris VIII e em Psicologia pela Université Paris VII. Suely é docente titular da Pontíficia Universidade Católica de São Paulo e atua também como docente convidada do Programa de Estudos Independentes (PEI) do Museu d'Art Contemporani de Barcelona (MacBA). É autora, dentre outros, do Livro Micropolítica: Catografías del Deseo. Seu pensamento agita a realidade, dissolve algumas formas ao passo que engendra outras; nos convoca a um olhar transdisciplinar, propõe a construção de territórios de existência e de contornos cambiantes de subjetividade – dessa de que somos feitos; trabalha com essa ideia de capacidade subcortical, onde o outro é presença viva, feita de uma multiplicidade plástica de forças que pulsam em nossa textura sensível.


Antoni Remesar Betlloch, é Doutor em “Espaço Público e Regeneração Urbana: Arte, Teoria e Conservação do Patrimônio” e Ph.D em Bellas Artes, licenciado em Filosofia com Mestrado em “Desenho Urbano, Arte, Cidade e Sociedade”. Antoni professor titular da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona e Diretor do Centro de Investigación Polis (UB). Remesar entende a arte pública como um conjunto de dispositivos com qualidades estéticas, tanto os intencionalmente criados quanto aqueles que vão adquirindo uma carga simbólica e estética com o passar do tempo. Ele entende essa arte pública como um dos elementos do “fazer cidade”, ao qual nos vinculamos antes mesmo das práticas artísticas propriamente ditas. Antoni apresenta seus projetos não para serem realizados, mas antes para provocar a reflexão sobre o fato de que é possível levá-los a cabo.


Julia Elena Sagaseta é Doutora em História e Teoria das Artes pela Universidade de Buenos Aires (UBA), professora emérita do Instituto Universitário de Artes (Iuna), diretora do Instituto de Investigação em Teatro do Departamento de Artes Dramáticas (Iuna) e diretora do Mestrado em Teatro e Artes Performáticas no Departamento de Artes Dramáticas (IUNA) de Buenos Aires. Julia possui um olhar performático sobre a realidade, e sob essa ótica desenvolve seus estudos em arte, observando sensivelmente como se estabelece a relação entre esta forma artística e a composição que mais conhece: a cena teatral portenha.


Rolf Abderhalden iniciou seus estudos em Arte Terapia na Escola de Altos Estudos Sociais e Pedagógicos em Lausanne – Suiça; expandiu seu espaço de ação para o teatro e especializou-se em cenografia no Laboratório de Estudos do Movimento na Escola Superior de Belas Artes de Paris; e em direção teatral na Academia Nacional de Arte Dramática de Roma. Possui uma ampla produção que vai desde a performance à videoinstalação e ações plásticas. Em suas produções artísticas procura articular diferentes experiências e linguagens da vida e da arte. No teatro procura desenvolver um universo dentro do âmbito das Artes Vivas, um lugar propício para a transgressão de fronteiras disciplinares, para a fusão de linguagens e leituras e a articulação de problemáticas locais