Há quem procure a luta por conta das melhoras na saúde física e corporal. Outros se dividem entre defesa pessoal e coordenação motora. Já para o professor de jiu-jítsu Vinicius Ratis, 32, a perda de peso foi um dos principais motivos que contribuíram para começar a praticar o esporte e a mudança dos hábitos que envolviam seu corpo. “Não tinha o perfil de quem pratica luta. Era obeso e pesava 160 quilos até que fui incentivado a praticar o jiu-jítsu. Hoje peso 90 quilos, dou aula de luta em diversas academias e percebo o quão importante o exercício físico moldou meu cotidiano”, aponta.
Da Índia, o jiu-jítsu passou pela China até chegar ao Japão, onde intitularam a luta como “arte suave”. Geralmente as aulas duram cerca de uma hora e é dividida entre preparo físico, ensino de movimentos, defesa pessoal e combate. “Trata-se de uma atividade que é considerada um verdadeiro xadrez corporal. Além de tonificar os músculos do corpo, existe todo um lado de raciocínio rápido e equilíbrio emocional que são fundamentais para este tipo de luta. Para os sedentários de plantão, o jiu-jítsu é capaz de reduzir o peso do corpo e ainda aumentar a qualidade respiratória", explica Ratis.
Fight!
De crianças a pessoas na terceira idade, mulheres ou homens, as lutas são ideais para todos aqueles que querem fugir do sedentarismo. De acordo com o professor do curso de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (UFG), João Alberto Borba, o ideal é que as crianças iniciem a atividade física a partir dos 5 anos. “As artes marciais funcionam como uma espécie de terapia, já que desenvolve por si só um novo comportamento social, como hierarquia, regras e a parte ética”, reitera.
Ao lado de técnicas corporais, o aprendizado das lutas abarca ainda noções de respeito, controle da agressão e o cultivo do esforço. “O melhor a se fazer para aqueles que desejam começar a praticar alguma arte marcial é, primeiro, entender o que cada modalidade tem a oferecer. Depois disso, é hora de buscar profissionais qualificados para que a prática não seja ensinada de forma deturpada”, sugere o professor.
