Dificuldade de alunos com inglês incentivou mudança

Data: 28/07/2016

Fonte/Veículo: O Popular

Link da notícia: http://www.opopular.com.br/editorias/vida-urbana/dificuldade-de-alunos-com-ingl%C3%AAs-incentivou-mudan%C3%A7a-1.1123431 

 

Dificuldade de alunos com inglês incentivou mudança

Ofir Bergemann, da UFG: estudantes que não estudam são minoria

O MEC também informou que, desde que a nova gestão assumiu a pasta, há menos de dois meses, houve incremento de 20,9% o orçamento do Ciência sem Fronteiras, crédito suplementar, passando de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,8 bilhão, garantindo a continuidade do pagamento das bolsas.

Diante disso, foi determinada à equipe técnica da pasta uma análise minuciosa do programa, no tocante à participação do MEC, uma vez que o programa foi executado em parceria como o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.

Uma análise preliminar identificou a necessidade de aperfeiçoamento do programa, especialmente na graduação, onde as instituições de ensino participantes não teriam sido chamadas para desempenhar um papel ativo no processo de mobilidade acadêmica. Um exemplo disto, segundo diz a nota do Ministério da Educação, é a questão da aceitação de equivalência de disciplinas cursadas em outros países.

Outro ponto considerado foi o custo elevado para a graduação sanduíche, cerca de R$ 3,248 bilhões para atender 35 mil bolsistas em 2015 na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), valor igual ao investido em alimentação para 39 milhões de alunos.

Sem aprendizado

Outras críticas ao programa apontam para o fato de poucos alunos aproveitarem as viagens para o exterior para aprendizagem técnica e científica. A coordenadora de assuntos internacionais da Universidade Federal de Goiás (UFG), Ofir Bergemann confirma que existem os estudantes que não têm como foco principal os estudos. “Mas acredito que são minoria. A maioria dos que se candidatam buscam aprender.”

O intercâmbio com universidades que não oferecem cursos semelhantes, que permitem aproveitamento de matérias, também recebe reclamações. Há registros de atrasos na conclusão dos cursos. Ofir Bergemann entende que mesmo que o aluno tenha cursado disciplinas que não há na sua grade original, não quer dizer que ele não tenha aproveitado o conteúdo. “Este, na verdade, é um bom momento para ampliar a discussão e conversarmos sobre a universalização das disciplinas”, argumenta ela.