Mundial de Futsal: Fora de quadra, diversão e torcida

Data: 07/07/2016

Veículo/Fonte: O Popular

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Mundial de Futsal: Fora de quadra, diversão e torcida

Atletas aproveitam pouco tempo livre em passeios na capital e para observar adversários

Gonzalo Fernandez (E) e Thomas Abalo torcem pelas compatriotas

Viajar o mundo como atleta e conhecer novos lugares é viver um sonho. Para Gonzalo Pablo Fernandez, essa é a definição da oportunidade que tem ao atuar pela seleção argentina universitária de futsal, que estreia no Campeonato Mundial Universitário de Futsal. Pela primeira vez, também, o jogador vem a Goiânia.

Aos 21 anos, o estudante de Filosofia da Universidade de Buenos Aires atua como ala do selecionado. Empolgado pela classificação às quartas de final, mesmo após a derrota para a República Checa por 3 a 1, ele revelou a simpatia pela capital goiana, que, ao lado de Anápolis, é sede da 15ª edição do Mundial. “É uma cidade muito bonita. Não conhecemos muitas coisas ainda, mas já nos encantamos pelas pessoas, sempre solícitas e com um sorriso no rosto para nos receber”, afirmou.

Colega de universidade do argentino, o pivô Thomas Abalo, de 24 anos, cursa Ciências Econômicas e se disse espantado com o tamanho da cidade, que, por enquanto, só pôde ver das janelas do hotel e do ônibus. Na única oportunidade de explorar o lugar, foi, com a delegação, ao Parque Flamboyant. Lá, ocorreu o episódio mais surpreendente para o time.

“Estávamos caminhando pelo parque e uma moça disse a um colega nosso que o achava lindo. Eles acabaram se beijando perto de todos nós. Até agora não estamos acreditando”, divertiu-se. Segundo ele, a situação dificilmente se repetiria na Argentina.

À espera do jogo da seleção argentina feminina, a delegação albiceleste fazia barulho no Goiânia Arena, tocando instrumentos e cantando. Em meio aos atletas, Pablo Javier Magul, o Pablito, que auxilia a equipe durante a estadia em Goiânia, se divertia.

Apesar do português sem sotaque, sua língua “oficial” é o espanhol. Nascido na Argentina, veio para Goiânia aos 14 anos e hoje, aos 22, vive um momento especial propiciado pelo campeonato. “Ter os jogadores aqui é como ter a minha família. Eu me lembro de tudo e vou sentir muita falta, com certeza”, disse Pablito, enquanto tentava segurar as lágrimas.

Ele explicou que os jogadores ainda não tiveram a oportunidade de conhecer a cultura local, pois só hoje terão folga. Entretanto, prometeu aos colegas apresentar um dos quitutes mais tradicionais da cidade: a pamonha.

Nas arquibancadas, reuniam-se as delegações que esperavam para entrar em quadra ou que observavam potenciais adversários, como fizeram as neozelandesas diante do duelo entre Argentina e Rússia. Entre os poucos espectadores, a estudante de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG) Gabriela Lima e seus amigos estavam animados. Em seu segundo dia no evento, a jovem desejou ver o ginásio mais cheio. “É muito organizado e os jogos são muito bons. É uma pena que poucas pessoas tenham tomado conhecimento dele.”

Zuhair Mohamad
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