Profissionais do Hospital das Clínicas da UFG realizam evento sobre Fibrose Cística

Data: 09/09/2016

Fonte/Veículo: EBSRH

Link da notícia: http://www.ebserh.gov.br/web/portal-ebserh/noticia-saude/-/asset_publisher/D7Vh1R2KA6iT/content/id/1459259/2016-09-profissionais-do-hospital-das-clinicas-da-ufg-realizam-evento-sobre-fibrose-cistica

 

Equipe multiprofissional da Pediatria se reuniu com as crianças em tratamento

Profissionais do Hospital das Clínicas da UFG realizam evento sobre Fibrose Cística
Profissionais do Hospital das Clínicas da UFG realizam evento sobre Fibrose Cística

Goiânia (GO) - Profissionais da equipe multidisciplinar do Serviço de Pediatria do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) se reuniram na manhã da última terça-feira, 6, com as crianças portadoras de Fibrose Cística que fazem tratamento no HC-UFG e seus pais.

Cercado por plantas e árvores, o local do encontro foi decorado com balões, e as cadeiras foram dispostas em roda. Para que fosse criado um clima de descontração, o evento teve início com a participação da psicopedagoga Maria Gorete Barbosa Borges, que cantou, ao som do violão, várias canções enquanto as pessoas se serviam do lanche.

 “A ideia foi realizar um encontro, em forma de roda de conversas, com os profissionais envolvidos no tratamento desses pacientes, como enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, médicos e psicólogos, para traçarmos as linhas de conduta a serem seguidas, bem como ampliarmos o conhecimento sobre a Fibrose Cística que, por ser uma doença rara, é desconhecida pela maioria da população”, ressaltou a coordenadora do Ambulatório de Fibrose Cística, Lusmaia Damaceno.

A doença

Também conhecida por doença do beijo salgado, a Fibrose Cística é uma doença de origem genética, crônica, que acomete cerca de um a cada 20 mil pessoas. “O gene anormal codifica uma proteína defeituosa que leva à alteração das secreções glandulares, como o suor salgado e secreções espessas. Essas alterações acometem principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo”, explica a médica Lusmaia Costa.

Lusmaia alerta que, por ser uma doença pouco conhecida, estima-se que exista um grande número de pessoas que ainda não saibam que tem a doença. O diagnóstico é feito por meio do teste do pezinho, teste do suor ou teste genético. “É necessária a atenção dos médicos para que o diagnóstico seja feito o mais precocemente possível, possibilitando o tratamento na fase inicial da doença e a prevenção de alterações irreversíveis”, afirma.

Os sintomas da fibrose cística e a gravidade destes são diferentes para cada pessoa, de acordo com o tipo de defeito genético apresentado, sendo que pesquisas recentes revelam que existem cerca de duas mil mutações descritas para esse gene. Os sintomas mais comuns são suor salgado, tosse persistente, pneumonias recorrentes, bronquite recorrente, baixo crescimento ou ganho de peso, apesar de bom apetite; fezes volumosas e gordurosas e sinusite crônica.

Uma alimentação equilibrada e uma boa higiene pulmonar com realização diária de fisioterapia respiratória são passos importantes para o controle da doença e a prevenção de complicações. “Além disso, alguns pacientes necessitam utilizar diariamente enzimas pancreáticas junto às refeições e fazer inalação de medicamento que fluidificam a secreção respiratória”, explica a especialista.

O Hospital das Clínicas da UFG possui um dos centros de referência nacional para o tratamento da doença, atendendo regularmente cerca de 50 pacientes.