SINTET-UFU realiza seminário sobre violência e machismo contra a Mulher

Data da notícia: 27/10/2016

Veículo/Fonte: Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (Sintet-UFU)

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As palestrantes Mariana de Oliveira e Jorgetânia Ferreira apontaram atitudes masculinas, que mesmo pequenas, são consideradas machismo e devem ser combatidas. (Imagem: Guilherme Gonçalves)

 

Por Guilherme Gonçalves

Na manhã de hoje (27), o SINTET-UFU, por meio de sua Coordenação de Políticas Sociais Antirracismo promoveu um seminário com o tema “Violência e machismo contra a Mulher”. O evento aconteceu no anfiteatro D do bloco 5O às 9 horas da manhã. As palestrantes foram Mariana de Oliveira Lopes Barbosa, técnica-administrativa da Universidade Federal de Goiás (UFG), e a professora da UFU e presidente da Associação dos Docentes da UFU (ADUFU), Jorgetânia da Silva Ferreira.

A primeira a falar foi Mariana de Oliveira que começou sua palestra elogiando a iniciativa, mas ressaltando que isso indica um ponto negativo na sociedade. “É bom e ruim que falemos sobre violência contra a mulher e o machismo. Bom que o tema seja discutido com a sociedade e ruim por significar que isso ainda é algo recorrente”, disse a palestrante.

Oliveira ainda mostrou como até pequenas interrupções a falas de mulheres são atitudes machistas e em como a sociedade acredita que o corpo da mulher algo público. “A sociedade machista acredita que o corpo da mulher é público, e assim, ele tem o direito de “cantar” a mulher, assediá-la, etc”, afirmou. A técnica-administrativa completou sua fala mostrando como a PEC 241 (que no Senado passará a se chamar PEC 55) poderá afetar a saúde da mulher. “O SUS garante às mulheres estupradas a profilaxia contra Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e o aborto legalizado. Com os possíveis cortes promovidos pela PEC, esse direito poderá ser diretamente afetado”, finalizou Mariana.

Já em sua fala, a professora Jorgetânia Ferreira demonstrou que mesmo a mulher atual mudando seu panorama dentro da sociedade, a discriminação contra o sexo feminino ainda é muito clara. “Autoras e autores dizem que vivemos em uma sociedade de incertezas. Antigamente o futuro era traçado no nascimento. A mulher, por exemplo, se casaria, cuidaria dos filhos e seria dona de casa. Hoje isso não é uma realidade, a mulher ganhou o mercado de trabalho, porém, as oportunidades não são as mesmas para todas”, afirmou a professora.

Ferreira ainda utilizou como exemplo a disparidade salarial entre homens e mulheres e a tripla jornada de trabalho exercida por elas. “A mulher pode ser presidenta de multinacional, presidente da república, pode ser bem sucedida nas mais diversas áreas, mas mesmo assim receberá menos que os homens e ainda terá que desenvolver papel doméstico”, completou.

Ao final das palestras o público presente pôde relatar histórias e episódios de violência e machismo sofrido. Ações concretas para o fim do machismo foram discutidas também.