Trabalhadores da Comurg assistem à palestra sobre o enfrentamento à violência doméstica

Data da notícia: 27/10/2016

Veículo/Fonte: Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO)

Link direto da notícia: http://www.mpgo.mp.br/portal/noticia/trabalhadores-da-comurg-assistem-a-palestra-sobre-o-enfrentamento-a-violencia-domestica#.WCxZaLIrLcu

 

 

Projeto busca conscientizar trabalhadore sobre a Lei Maria da Penha
Projeto busca conscientizar trabalhadore sobre a Lei Maria da Penha

 

O Projeto Construindo Possibilidades do Ministério Público está desenvolvendo a segunda etapa de seu cronograma, que consiste em oferecer palestras sobre o combate a violência doméstica para funcionários da limpeza urbana na Divisão de Coleta Orgânica da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). No quarta-feira (26/10) ocorreu a 33ª palestra, realizada pela promotora Rúbian Corrêa Coutinho, titular do Núcleo de Gênero de Goiânia (Promotoria da Mulher). A primeira etapa do projeto, realizada em 2015, teve como alvo os trabalhadores da construção civil de Goiânia. A exposição nesta semana foi realizada para 49 trabalhadores, sendo 18 mulheres, que trabalham na varrição e estão lotados no posto da Cidade Jardim.

 

Os encontros buscam conscientizar os trabalhadores a Lei Maria da Penha, que completou 10 anos, e a sua importância para a sociedade. Durante a palestra, a promotora esclareceu dúvidas e os participantes puderam compartilhar suas experiências. Eles receberam o folder Papo de Homem, que foi idealizado pelo MP da Bahia e é replicado em Goiás, mais a cartilha Lei Maria da Penha – Violência Doméstica: uma superação coletiva, criada em parceria do MP-GO com a Universidade Federal de Goiás.

 

A promotora também explicou o porquê da criação do projeto. De acordo com ela, o MP estava recebendo muitos processos sobre violência doméstica e resolveu trabalhar medidas de conscientização da sociedade. Ela esclareceu sobre os tipos de agressão, que vai além da agressão física, explicou como é a aplicação da lei e o porquê de não existir uma lei específica para a violência contra o homem.

 

Durante a palestra, a promotora informou que muitas mulheres não denunciam seus companheiros por medo, por sofrerem ameaças de morte ou para proteger seus familiares. Ela salientou que, para a Justiça, traição ou momentos de raiva não são justificativas para a agressão, e que nada explica a violência física.

 

Além da palestra, foi realizada uma dinâmica com os trabalhadores para que eles compreendessem que as diferenças impostas a homens e mulheres são mais sociais do que reais. E que homens e mulheres podem trabalhar em igualdade e devem ser respeitados da mesma forma. Ao final, foi realizado o sorteio de ecobags com a marca do projeto. (Texto e fotos: Laura Weiller / Estagiária da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO – Supervisão de estágio: Ana Cristina Arruda.)