Ministério da Saúde aposta em novas tecnologias de combate ao vetor
Data: 11/11/2016
Fonte/Veículo: Ministério da Saúde
Link da notícia: http://combateaedes.saude.gov.br/pt/noticias/860-ministerio-da-saude-aposta-em-novas-tecnologias-de-combate-ao-vetor
Usar raiz de açafrão para matar larvas, criar “vacina” contra Aedes aegypti, desenvolver armadilha para reduzir a população de mosquitos. Essas são algumas das alternativas para controle do Aedes aegypti que o Governo Federal aposta que poderão ser adotadas nos próximos anos para reduzir o número de casos de dengue, Zika e chikungunya.
Com o objetivo de aprimorar o combate ao mosquito Aedes aegypti, a chamada pública de financiamento de projetos de pesquisa sobre Zika selecionou sete projetos na linha temática três, que tem como foco o controle vetorial, destinado no total R$ 6,9 milhões para essas iniciativas. A ideia é que o resultado dessas pesquisas ajude o país a reduzir a população de mosquito, e consequentemente as doenças transmitidas por ele.
O Blog da Saúde faz uma série especial apresentando esses projetos. O primeiro capítulo apresenta a iniciativa da Universidade de São Paulo, sob coordenação de Vanderlei Bagnato, que estuda a viabilidade da implementação em campo da ação fotodinâmica para eliminação de larvas do Aedes aegypti. Na prática, o estudo analisa a possibilidade de usar uma molécula da raiz de açafrão para matar larvas de Aedes aegytpi.
Projetos de pesquisas controle vetorial - financiados pela Chamada Pública Zika |
|
Titulo do Projeto |
Instituição Executora |
Viabilidade da implementação em campo da ação fotodinâmica para eliminação de larvas do Aedes aegypti Açafrão |
Universidade de São Paulo |
Estudos multidisciplinares de prevenção ao vírus Zika: Xenovigilancia, Competência Vetorial (Transmissão Transovariana e confecções), Transmissibilidade (homem-vetor) e Ações Informativas e Educativas. |
Centro de Pesquisas René Rachou |
Inovação em produtos de controle e repelência do vetor e no monitoramento de arbovírus |
Universidade Federal do Paraná |
Culicideos e vírus Zika: Bioecologia, prevenção e controle de Aedes aegypti no Rio Grande do Norte - Ações integradas de pesquisa, ensino e extensão. |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte |
Desenvolvimento de controle biorracional de Aedes aegypti com fungos entomopatogenicos |
Universidade Federal de Goiás |
Avaliação da supressão de adultos de Aedes aegypti por armadilhas e monitoramento em tempo real no controle integrado do vetor. |
Universidade Federal de Minas Gerais |
Desenvolvimento e Avaliação de Estratégias Inovadoras para Controle de Vetores em Seus Vários Estágios de Desenvolvimento e Bloqueio da Infecção pelo Zika Vírus Empregando-se Ensaios Pré-clínicos em camundongos e Primatas Não-Humanos |
Universidade Federal de Minas Gerais |
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
A chamada pública para pesquisas sobre o vírus Zika faz parte das ações do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia, lançado pelo Governo Federal em dezembro de 2015. Do total, R$ 20 milhões fazem parte do orçamento do Ministério da Saúde, R$ 15 milhões do Ministério Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI) e R$ 30 milhões do Ministério da Educação (MEC).
Em três meses, a chamada pública recebeu inscrições de 530 projetos de pesquisa para as nove linhas temáticas. As propostas passaram por cinco etapas de análises por especialistas e consultores do Capes, CNPq e do Departamento de Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. O prazo para execução dos projetos é de, no máximo, 48 meses.
Entre 30 de novembro e 2 de dezembro, será realizado o seminário Marco Zero. No encontro, coordenadores dos projetos contemplados na chamada, especialistas membros dos comitês Julgador e de Relevância Social da chamada, além de técnicos e gestores dos três ministérios envolvidos se reunirão para discutir aspectos relacionados à execução dos projetos, de acordo com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o encontro vai contribuir para a interação entre pesquisadores, abrindo a possibilidade de cooperações que permitam achados e resultados mais robustos.
Número de projetos aprovados por linhas temáticas
– Desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas: 6
– Desenvolvimento e avaliação de repelentes: 1
– Desenvolvimento e avaliação de estratégias para controle de vetores em seus vários estágios de desenvolvimento: 7
– Desenvolvimento de imunobiológicos: 3
– Desenvolvimento de tecnologias sociais e inovação em educação ambiental e sanitária: 2
– Inovação em gestão de serviços de saúde, de saneamento e de políticas públicas: 2
– Imunologia e virologia: 17
– Epidemiologia e vigilância em saúde: 22
– Fisiopatologia e clínica: 9
Por Carlos Américo, da Agência Saúde