Candidatos deixam local de prova em Goiânia (Foto: Vanessa Martins/ G1)
Estudantes goianos ouvidos pelo G1 neste sábado (3) avaliam as questões de química como as mais difíceis do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para os candidatos que tiveram a prova adiada devido à ocupação de unidades de ensino. Porém, no geral, os inscritos consideram que o nível da prova estava dentro do esperado.
“Acho que a prova foi razoável. As questões de química foram as mais difíceis”, opina Ana Carolina Machado, de 17 anos, que deseja cursar psicologia.
Iasmini Claudiano de Oliveira, 17 anos, tem a mesma opinião. A adolescente, que quer ingressar em uma faculdade de direito, afirma que havia questões de todos os níveis de dificuldade. “Achei que tinha questões fáceis e algumas bem difíceis. Química eu acho que foi a matéria mais difícil”, avalia.
A maioria dos candidatos considera a prova do Enem adiado do mesmo nível da aplicada em novembro. Muitos acreditam que a diferença de datas proporcionou mais tempo de preparação.
"Achei melhor fazer agora por ter tido mais tempo para estudar", disse João Pedro Garcia Duarte, 19 anos.
Apesar disso, outros candidatos afirmam que ficaram mais ansiosos com o adiamento do Enem. "Apesar de ter mais tempo pra estudar, fiquei mais ansioso e meu ritmo ficou pior também. Não sei dizer se foi vantagem", afirma Gustavo Wascheck ,17 anos.
Atrasados
Os minutos que antecederam o fechamento dos portões foram marcados por correria no prédio da Universidade Paulista (Unip). Alguns candidatos perderam o horário e não puderam fazer a prova neste sábado. Eles alegaram que chegaram atrasados por causa do trânsito.
Uma das inscritas que ficou de fora do prédio é Aline Costa Ferreira, de 19 anos, que deseja cursar nutrição. “Estava trabalhando, peguei transito e não deu tempo. Estudei para essa prova. Saí de casa achando que ia dar tempo e deu errado”, declarou.
Enem
Os cerca de nove mil candidatos que fazem o Enem neste final de semana são os que tiveram os locais de prova ocupados por manifestantes. Os demais inscritos fizeram o exame nos dias 5 e 6 de novembro.
Ana Carolina afirma que as questões de química foram as mais complicadas (Foto: Vanessa Martins/G1)
As provas têm um total de 180 questões de múltipla escolha e uma redação, e seguem a mesma organização do Enem aplicado no mês passado. Neste sábado, os participantes tivram quatro horas e 30 minutos, entre as 13h30 e 18h, para responder as questões de ciências humanas e ciências da natureza.
Já no domingo, serão aplicadas as provas de linguagens e códigos, que englobam português e língua estrangeira (inglês ou espanhol) e de matemática, além da prova de redação. Nesse dia, a duração máxima do exame é de cinco horas e meia, ou seja, das 13h30 e 19h.
Candidatos correm para não perder a prova em Goiânia (Foto: Vanessa Martins/ G1)
Ocupações
Os estudantes que fazem as provas neste fim de semana tiveram as provas adiadas por conta das ocupações em 15 unidades de educação que seriam locais de provas em Goiás. As instituições foram ocupadas por grupos de estudantes contrários à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos para os próximos 20 anos.
Das unidades ocupadas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), nove era locais de prova do Enem. Já a Universidade Federal de Goiás (UFG) tinha três pontos de exames ocupados. O Instituto Federal Goiano (IF Goiano) teve dois. Já a Universidade Estadual de Goiás (UEG) teve uma unidade ocupada. A única unidade de ensino que continua ocupada em Goiás é o campus do IFG em Formosa, no Entorno do Distrito Federal.
Estudantes se protegem da chuva em frente ao local de provas em Goiânia (Foto: Vanessa Martins/G1)