Renda e acesso a saúde colocam índice no alto

Entre os pontos destacados pelo professor do Instituto de Estudos Socioambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG), João Batista de Deus, para a melhoria dos índices da região metropolitana está a melhor distribuição de renda e programas municipais e estaduais de saúde. Segundo o pesquisador, o aumento real do salário mínimo nas últimas décadas gerou uma melhoria em cadeia das condições de vida.

A maior renda, considera o professor, promove acesso a alimentação melhor, saúde e educação por parte das faixas mais pobres da população. “De certa forma, as políticas de valorização da renda nas últimas décadas, impacta os índices de miserabilidade. A renda é fundamental para isso” diz. “As famílias alimentam melhor, ficam mais felizes, o filho pode ficar mais tempo na escola e há mais acesso a remédios. Há uma reação em cadeia, que culmina com a melhora no IDH”, completa.

Embora não seja pobre, Goiânia é uma cidade desigual, segundo Batista. Como a cidade é um centro regional, que atrai profissionais e pessoas de uma vasta área de influência que chega ao norte do país, faz com uma parcela da população concentre renda. “Por a cidade exercer forte influencia, um conjunto de atividades acaba concentrado na cidade. Mesmo que os índices tenham melhorado, a concentração permanece.”