O clima na Universidade Federal de Goiás é de insegurança em relação ao futuro e estudantes e professores se preparam para dias de vacas magras. Lana Ohara Souza e Silva, estudante de mestrado em Genética e Biologia Molecular, foi avisada pelo professor que os recursos de sua pesquisa vão ser reduzidos porque não vai haver dinheiro para pesquisa. Segundo o professor Edson Benetti, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), já está faltando verba de custeio no instituto e a maioria dos processos licitatórios foi suspensa. “Isso afeta nosso parque de informática, que é velho e se queimar alguma máquina não teremos como substituir.”

O diretor da Faculdade de Direito, Pedro Sérgio dos Santos, não acredita que o corte no orçamento possa comprometer o andamento do curso, mas admite que já convive com algumas carências de material de uso contínuo, como serviço de manutenção de ar condicionado. O diretor conta que as demandas que apresentou a reitoria também não foram atendidas.

Na Faculdade de Veterinária, o corte no orçamento não teve grande reflexo porque a unidade tem renda própria e o repasse da UFG representa menos de15% da receita. Todavia, o diretor Marcos Café se prepara para um ano difícil. Já Robson Maia, da faculdade de Agronomia, acredita que o corte vai comprometer o curso de graduação. A Faculdade de Odontologia está pegando material emprestado no Hospital das Clínicas, relata a diretora, Enilza de Paiva. “Ainda não precisamos parar a clínica, mas não sei como vai ficar.”