Hospital das Clínicas amplia espaço com Pronto Socorro

Hospital das Clínicas amplia espaço com Pronto Socorro

Universidade Federal de Goiás constroi 32 leitos para melhorar atendimento

 

Márcia Fabiana

 

O Hospital das Clínicas (HC), da Universidade Federal de Goiás (UFG), inaugurou  ontem pela manhã 32 leitos. A obra faz parte da reforma do Pronto Socorro (PS) que há cinco anos estava fechado. A reabertura para atender a população em caráter de urgência e emergência só foi possível depois de uma parceria da UFG com a Prefeitura de Goiânia, que cedeu 40 funcionários para trabalhar nas seis enfermarias e no posto de atendimento. O funcionamento do pronto socorro, que começa a atender nos próximos dez dias, vai humanizar o atendimento no hospital e diminuir o número de pacientes que lotam os corredores por falta de leitos. A expectativa é atender duas mil pessoas semanalmente no PS. O custo da obra foi orçado em R$ 260 mil para uma área de 276,18 metros quadrados.

 

Os recursos humanos são compostos de oito enfermeiros e 30 técnicos de enfermagem que foram disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. O prefeito Iris Rezende diz que se sente privilegiado por participar de projetos que visam o bem comum da população, pois sabe que o HC faz a diferença não só na Capital, como em todo o Estado. Iris fez questão de destacar que a instituição é um núcleo de pesquisa e ensino, e que dentro de suas possibilidades oferece serviço de saúde com qualidade. “É uma orquestra que trabalha na UFG que se entrega de corpo e alma para a melhoria da saúde pública. Não tenho dúvidas de que o HC, a médio prazo, será uma referência nacional e mundial”, frisa o prefeito.

 

Iris Rezende fez questão de dizer que Goiânia deve muito ao serviço prestado pelo HC. “O que seria Goiânia sem o hospital? Não saberia responder!”. Quanta à parceria entre esfera municipal e federal, Iris fala que é dever do poder público buscar ações que beneficiem quem de fato necessita. “As esferas não podem se negar a trabalhar em conjunto para buscar melhorias. É o nosso dever”, diz Iris.

 

REFORMA

 

Para ser adequada às normas sanitárias, toda a área dos 276,18 metros quadrados foi  reformada. Com os recursos provenientes do HC, piso, paredes, instalações elétrica e hidráulica, instalação de esquadrias em alumínio e metálicas, de divisórias e bancadas em granito, pintura e reforma dos mobiliários foram feitos. O diretor do HC, José Garcia Neto, espera que a reativação de 32 leitos para internação de urgência e emergência (o PS que já conta com sala de reanimação e de observação), possa oferecer serviço de qualidade. “O funcionamento do  Pronto Socorro só foi possível porque a prefeitura teve a sensibilidade de ceder os funcionários. Caso contrário, essa ala ficaria fechada por tempo indeterminado, pois a UFG não tem condições de suprir a mão-de-obra necessária”, esclarece o diretor.

 

Anualmente, o HC atende cerca de um milhão de ações em saúde e tem capacidade para internar 160 pacientes. Segundo o reitor  da UFG, Edward Madureira Brasil, a maior dificuldade era o atendimento de urgência, pois há cinco anos o HC não oferecia atendimento com dignidade, e consequentemente os corredores do hospital estavam lotados de macas. “Temos a esperança de minimizar a lotação de pacientes nos corredores. O objetivo é tirar as macas que lotam os corredores e oferecer tratamento com dignidade para os internos. A melhora no atendimento também refletirá na qualidade do ensino e pesquisa da universidade, principalmente para os residentes”, reforça o reitor.

 

Em relação à construção do prédio de internação de 17 andares, obra anexa ao HC, Edward explica que está prevista para o ano que vem a entrega de oito andares. O restante da obra, conforme o contrato da licitação, será entregue no ano de 2011. No novo edifício, com capacidade para 600 leitos, serão instalados a ala de enfermaria, clínica, centro cirúrgico, salas de exames e UTI. “Depois das obras concluídas, o HC será o maior hospital do Centro-Oeste”, garante Edward.