Sindicato anuncia greve de servidores da UFG

Sindicato anuncia greve de servidores da UFG

Técnicos-administrativos vão suspender atividades por três dias. Trabalhadores exigem cumprimento de acordo

 

José Barbacena

 

O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior de Goiás, João Pires Júnior, avisa que a classe estará em greve nos dias 24, 25 e 26 de novembro. Os servidores da Universidade Federal de Goiás exigem que acordos acertados durante a greve da categoria em 2007 sejam cumpridos pelo governo federal.

 

“Nossa categoria acompanha calendário nacional de mobilizações com a pretensão de forçar o governo a abrir canal de negociação. No segundo dia de paralisação, vamos desenvolver atividade com usuários do Hospital das Clínicas. Nos reuniremos com trabalhadores para discutir a paralisação do HC”, disse.

 

Em 2007, a greve dos técnicos durou mais de 100 dias. E o acordo firmado na oportunidade foi um reajuste salarial em três etapas. A última parcela será paga em março do ano que vem. Outras reivindicações do grupo não foram tratadas nesse intervalo e as negociações não avançaram. “Nossa federação tentou fazer com que o Ministério do Planejamento tivesse discussão efetiva. Isso não foi possível. Várias audiências ocorreram, mas a negociação nunca aconteceu. Em função disso, estamos sendo forçados a tensionar a relação com o governo.”

 

No dia 21 de outubro, os técnicos pararam por 24 horas. Se as negociações não avançarem devido à paralisação da semana que vem, o grupo promete entrar em greve por tempo indeterminado, como ocorreu em 2007. No dia 24, haverá um ato político em frente à sede da reitoria da UFG, no Campus Samambaia, no Itatiaia. “Solicitamos antecipação do dinheiro do acordo da greve de 2007, de julho para janeiro de 2010. Queremos o aumento do nosso vale-alimentação, que está congelado desde 2004 e é de R$126,00 por mês”, reivindica João.

 

Ele explica que a categoria tem o apoio do reitor da UFG, Edward Madureira Brasil. “O reitor sempre foi aliado nosso. Foi interlocutor junto ao governo, aos deputados. Ele pode evitar que haja tensionamento na relação do servidor com o governo. Precisamos muito da ajuda do reitor para vencermos esta etapa.”

 

Diretoria

 

Ailma Maria de Oliveira é a presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) em Goiânia. A cerimônia de posse foi realizada da noite de ontem no Sindicato do Judiciário Federal de Goiás (Sinjufego). A entidade completa dois anos em dezembro e já é a quarta colocada em número de servidores associados.

 

A CTB defende a unidade sindical e luta para ajudar o trabalhador. “O movimento sindical nacional precisa de mais força, e a CTB vem para reforçar a unidade sindical. Conclamamos os movimentos sociais para que avançemos nas conquistas da classe trabalhadora”, frisou Ailma.