Provas do Enem conquistam mais adesão de Goiás

 

Em Goiás, mais de 113 mil pessoas se inscreveram para o Exame Nacional do ensino Médio, o Enem. Dividido em dois dias, as provas começaram ontem em todo Brasil e se encerram hoje. Nesse ano, o número de inscritos foi o maior desde a primeira prova, com mais de 4,6 milhões de estudantes. 

Depois do vazamento da prova no ano passado, muitas instituições de ensino deixaram de utilizar o exame. No caso da UFG, a nota do Enem não foi utilizada por não ter se adequado ao calendário do processo seletivo. “No ano passado utilizaríamos 40% da nota na primeira etapa do vestibular, agora vamos somar a primeira etapa, a nota do Enem e a segunda etapa”, explica a pró-reitora de graduação da UFG, Sandramara Matias Chaves. De acordo com ela, a prova tem uma abordagem interessante. 

Na UFG, quase 19 mil dos mais de 34 mil candidatos inscritos no vestibular 2011/1 optaram por utilizar a nota do Enem. Nesse processo seletivo, a nota só é utilizada quando contribuir com o resultado do candidato em todo o vestibular, não sendo usada quando for inferior à média necessária, para não diminuir a nota. A universidade só aproveitará a nota da prova de Conhecimentos Gerais, não usando assim a nota da Redação do Enem 2010. “Quem utilizar o Enem não terá prejuízo, só vantagem”, explica Sandramara Chaves, que opina que o melhor seria que todos utilizassem a nota, já que é uma chance a mais e o candidato não tem nada a perder.

Já  o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) aderiu ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), através do qual as instituições públicas de educação superior participantes selecionarão os candidatos exclusivamente pela nota obtida no Enem. O IFG destinou 20% das vagas dos 25 cursos para o Sisu. Desde o ano passado, a instituição utiliza a nota do Enem. Para o diretor administrativo acadêmico do IFG, Arquimedes Lopes da Silva, a tendência é aumentar o percentual de vagas, já que o Enem tem o mesmo nível de conhecimento que é exigido na seleção regular do instituto. “O aluno não precisa se deslocar para outra prova e em um ano pode ter duas participações com a nota obtida no Enem”, explica Arquimedes Lopes.

Wester Firayama Ferreira, 18 anos, está prestando o Enem pela segunda vez e sente o peso da importância que a prova tem este ano. “Desta vez me preparei melhor e conheço a prova”, conta. O vestibulando utilizará o Exame como primeira fase do vestibular da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), além de participar do Sisu.“É bom porque faz só uma prova e não precisa ficar viajando”, opina.

Em 2009, a prova contou como experiência, ele não utilizou a nota obtida. Wester Firayama pretende fazer o curso de Relações Internacionais e, mesmo tendo feito o Enem no ano passado, só termina o ensino médio este ano. Com o Sisu, ele será classificado e de acordo com a nota terá opções de universidades em todo Brasil para fazer o curso.

A estreante Mariana Naves de Oliveira, de 17 anos, estudou durante o ano pensando na prova do Enem. “Fiz muitos exercícios e foquei na prova, vou prestar vestibular na Federal e vou utilizar”, explica. Mariana prestará vestibular para Engenharia Civil e acredita que o Exame vai auxiliar muito no processo de conquista da vaga. “Estou indo tranquila para a prova, vou dar o meu melhor!”

Ontem foram realizadas as provas de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias, e hoje serão aplicadas  Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, além de Redação, e Matemática e suas Tecnologias. No segundo dia de Enem, as provas têm início às 13 horas, de acordo com o horário de Brasília.


Erro em folha não compromete prova

A folha de respostas em que os candidatos devem marcar o gabarito das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem um erro no cabeçalho, informou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A prova de ontem tem 90 questões: 45 de ciências humanas, numeradas de 1 a 45, e mais 45 de ciências da natureza, numeradas de 46 a 90. Na folha de resposta os cabeçalhos das provas estavam trocados: as questões de 1 a 45 eram identificadas como ciências da natureza e as de 46 a 90, como ciências humanas.
Segundo o Inep, o gabarito segue a mesma ordem numérica das questões. De acordo com o órgão, os fiscais orientaram os estudantes a preencher a folha de resposta seguindo a ordem numérica das questões e não há registro de que o problema tenha interferido no andamento das provas. O exame está sendo aplicado em 16 mil escolas de todo o país a 4,6 milhões de candidatos inscritos.



Prova longa


Assim como no ano passado, os participantes desta edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) reclamaram do tamanho da prova, considerada longa demais pela maioria.

“No começo estava achando a prova fácil, mas no final vieram as questões de exatas, eu já estava cansado e achei mais difícil”, contou Breno Pinheiro Araújo, 17 anos. Para Alessandra Oliveira, também de 17 anos, as questões tiveram textos longos e interpretativos. Nas duas provas, muitos itens trataram de temas relacionados ao meio ambiente e recursos naturais renováveis. Uma das características do Enem é justamente abordar assuntos atuais em toda a prova. (Da Redação com Agência Brasil)