Operacao já recolheu 20 animais maltratados

Mais de 300 animais foram avaliados, dois não voltarão para seus donos e ficarão disponíveis para adoção na Dema.

Carla de Oliveira


Em 15 dias de Operação Arca de Noé, deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), na Região Metropolitana de Goiânia, para combater maus-tratos contra animais, 330 animais já foram avaliados pela equipe de médicos veterinários do Departamento de Vigilância Ambiental e Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG), que participam da operação.
Pelo menos 20 animais, em situação precária de saúde e sobrevivência, foram apreendidos e levados para unidades da UFG e da Zoonoses para receberem tratamento adequado. Os animais, após tratados, serão entregues a seus antigos donos, que ficarão como fiéis depositários, desde que cumpram, antes da devolução, requisitos, como adequação do local onde vive o animal e cuidados com alimentação, entre outros.
Dois animais não devem voltar para seus antigos proprietários. Uma égua e um cachorro, da raça doberman, estão sob cuidados de veterinários que tentam reabilitá-los. No caso da égua, encontrada em situação de penúria, houve recomendação em laudo veterinário para o sacrifício, mas está sendo feito esforço para que isso não ocorra.
Titular da Dema, o delegado Luziano de Carvalho afirma que mais do que multar, o que não está sendo feito nesta operação, é necessário melhorar a relação do homem com o animal. "Precisamos apostar na educação das pessoas e despertar a consciência ecológica", diz.
O delegado afirma que a maioria dos animais avaliados é formada por cavalos e cachorros. Segundo ele, o cão da raça doberman, que foi recolhido durante a ação policial, estava sem alimentação adequada, com a orelha sangrando, tomado por carrapatos e sarnas e muito magro, o que denuncia alimentação inadequada.
O animal atuava como vigia de uma criação de galinhas, mantida na Vila Brasília. Em depoimento, o proprietário do animal, segundo o delegado, afirmou que não tinha estima por cachorros e que a função dele era vigiar a criação.
Luziano Carvalho afirma que o animal está sob os cuidados do Departamento de Zoonoses de Aparecida de Goiânia. O proprietário, completa, terá de arcar com os custos do tratamento. "É uma pessoa com condição para isso", frisa. Além disso, já foi notificado para retirar a criação de galinhas do local, por se tratar de situação irregular. A égua e o cachorro que não voltarão para seus donos serão colocados para adoção na Dema.