Conselho vistoria parques

Recém-instalado, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO) quer saber a real situação dos parques públicos da capital. Para isso, na comemoração da Semana do Meio Ambiente, iniciou uma programação de inspeções técnicas nesses locais, nos diferentes bairros de Goiânia. O primeiro parque a ser visitado, ontem, foi o Flamboyant, que, segundo o presidente da entidade, John Mivaldo da Silveira, sofre as consequências do adensamento na região do Jardim Goiás.

“Esse, na verdade, é o maior problema que verificamos em relação aos parques públicos da cidade, muitos dos quais, já concebidos de forma casada com a construção de grandes empreendimentos nas proximidades”, aponta John Mivaldo, referindo-se à grande concentração de prédios residenciais e comerciais nas imediações de áreas verdes pertencentes ao poder público municipal.

De acordo o presidente do CAU-GO, a intenção da entidade é fazer cumprir a legislação vigente. Em um primeiro momento, a série de vistorias propostas tem o objetivo de diagnosticar possíveis impactos ambientais relacionados ao processo descontrolado de urbanização - que inclui o forte adensamento de ocupação do solo e construção de edifícios nas áreas dos parques urbanos de Goiânia. Para a realização do trabalho, o CAU-GO conta com o apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), do Ministério Público de Goiás (MP-GO), da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e Universidade Federal de Goiás (UFG).

De posse de material coletado in loco, pesquisadores das duas instituições de ensino superior farão a análise da água, do solo e do ar e produzirão um relatório. “A conclusão deve se dar até o final da estiagem, em setembro”, destaca John Mivaldo. “O relatório, com os laudos conclusivos, será encaminhado às autoridades competentes para as providências necessárias, se for o caso.”