Unidade terá R$ 19 milhões a mais

Ministério da Saúde vai repassar valor para manutenção do Hospital da Mulher e Maternidade Dona Iris

 

Bárbara Daher

 

O Hospital da Mulher e Maternidade Dona Iris vai receber R$ 19 milhões por ano do Ministério da Saúde. O anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Padilha ao prefeito Paulo Garcia, durante a inauguração da unidade, ontem à tarde. O hospital retomou seus atendimentos ontem pela manhã, recebendo pacientes com atendimentos pré-agendados pelo Teleconsultas. A unidade ficou quatro anos fechada.

O novo hospital é totalmente voltado para a saúde da mulher, com atendimento especializado em gravidez, violência contra a mulher, câncer de mama e do colo do útero, entre outros. “É um marco não só para Goiânia e para Goiás, mas para a nova política de atenção integral à saúde da mulher do governo da presidenta Dilma”, explicou Padilha.

Quase 200 leitos estarão disponíveis na unidade, para internação, partos, cirurgias e unidade de terapia intensiva (UTI), atendendo a proposta de humanização no atendimento. O MS forneceu equipamentos para a reabertura da Maternidade Dona Iris, e deve continuar com o apoio financeiro de aproximadamente R$ 1,6 milhão por mês.

A Maternidade Dona Iris teve abertura parcial. Primeiramente, o ambulatório volta a funcionar. Depois, a enfermaria e, por último, as salas de parto, departamento cirúrgico e UTI. O financiamento federal será destinado à manutenção e contratação de profissionais para a unidade.

Para o prefeito Paulo Garcia, a Maternidade Dona Iris vai “poder apresentar à mulher que vier obter tratamento nesta unidade uma qualidade de serviço jamais imaginada no SUS de Goiânia.”

Para abrir a unidade, a Prefeitura firmou convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para complementar os recursos humanos do município. Serão deslocados para o Hospital profissionais da UFG em todas as áreas de ginecologia, obstetrícia, fertilidade, atenção às vítimas de abuso, psicologia, cirurgia, entre outras.

REDE CEGONHA

Alexandre Padilha comentou sobre a implantação do programa Rede Cegonha do governo federal na maternidade, que visa manter a saúde das gestantes e diminuir a mortalidade materna no País.

Em 2011, o País apresentou 21% de redução da mortalidade materna em relação a 2010, com o número de óbitos de mães caindo de 1.317 para 1.038. Segundo o ministro, esta é uma redução quatro vezes maior do que a vista no Brasil nos últimos dez anos. Ele explica que as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) que fazem parte do programa seguem alguns passos para melhorar o atendimento à saúde da mulher.

A primeira ação é oferecer pré-natal de qualidade. Para as unidades participantes da Rede Cegonha, cada gestante que iniciar o pré-natal no primeiro trimestre de gravidez garante ao hospital uma ajuda a mais do Ministério da Saúde para realizar todos os exames de graça. A segunda ação é a abertura de novas maternidades como esta de Goiânia, para ampliar o atendimento.

E a terceira ação é a Casa da Gestante e do Bebê, um local dentro da maternidade equipado para fazer com que a gestante possa ficar mais próxima do hospital nos dez últimos dias da gestação, evitando riscos e recebendo todo cuidado médico.

Também participaram da inauguração a deputada federal Iris de Araújo, que dá nome à maternidade, e o reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira Brasil, entre outras autoridades.

Fonte: O Popular