UFG critica destinação de 50% das vagas nas federais às cotas

Caso decisão do Senado, de destinar metade das vagas para estudantes que cursaram integralmente o ensino médio na rede pública, seja sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, a Universidade Federal de Goiás (UFG) oferecerá mais 30% de suas vagas a alunos de escola pública. Atualmente, 20% são destinadas para esses alunos. 10% para brancos e pardos da rede pública e outros 10% para negros que estudaram em colégios que não eram particulares.

O reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, alega não concordar com o projeto de lei. “Essa determinação irá tirar a autonomia de cada universidade. Para algumas regiões 50% de cotas é um número muito alto, já para outras, é um número muito baixo. Cada universidade é que tem de decidir a quantidade de vagas a serem reservadas para esses alunos”, afirma o reitor. 

Os senadores aprovaram, na noite de terça-feira, 7, projeto que regulamenta o sistema de cotas raciais e sociais nas universidades públicas federais em todo o País. Pela matéria, relatada pela senadora Ana Rita (PT-ES), metade das vagas nas universidades deve ser separada para cotas.

A reserva será dividida meio a meio. Metade das cotas, ou 25% do total de vagas, será destinada aos estudantes negros, pardos ou indígenas de acordo com a proporção dessas populações em cada estado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A outra metade das cotas será destinada aos estudantes que tenham feito todo o segundo grau em escolas públicas e cujas famílias tenham renda per capita até um salário mínimo e meio. Para os defensores da proposta, esse modelo que combina cotas raciais e sociais é o mais amplo e uniformiza as políticas de reserva de vagas que existem nas diversas universidades federais.

O projeto de regulamentação da política de cotas é aprovado depois que o Supremo Tribunal Federal declarou ser constitucional esse tipo de ação afirmativa nas universidades. A aprovação da matéria foi em votação simbólica, pela maioria dos senadores presentes. O projeto já passou pela Câmara dos Deputados e segue agora para sanção presidencial. (Agência Brasil, com Redação)

Fonte: Diário da Manhã