Para celebrar a amizade

Cantora e compositora Débora di Sá reforça suas raízes com a MPB no show de hoje no Teatro Sesi e recebe vários convidados no palco

Sebastião Vilela Abreu04 de outubro de 2012 (quinta-feira)

Se você é homem, maior de idade, corre risco. Ou melhor, é o candidato ideal para cair em uma armadilha hoje, no Teatro Sesi. Uma brincadeira musical armada, no bom sentido, por Débora di Sá e Sabah Moraes. “Escolhemos uma pessoa na plateia quando cantamos O Meu Amor”, adverte a sorridente Débora, a dona da noite, que recebe também alguns convidados especiais para cantar com ela no teatro localizado no Setor Santa
Genoveva.

O Meu Amor, clássico da pegação escrito por Chico Buarque, que tem até uma versão cantada por Elba Ramalho e Marieta Severo, tornou-se uma “tradição” quando Débora e Sabah se encontram no palco. A última vez que elas pegaram um “homem como vítima” foi no Canto de Ouro, no início do ano.

Mas nada de estresse. O show de Débora di Sá, que leva somente seu nome, para reforçar a sua identidade musical, é composto por 15 canções – a maioria de clássicos da MPB. O Meu Amor é a décima canção programada, portanto, entra depois da metade do show, quando, se espera, que o público já tenha estabelecido uma relação de cumplicidade e conforto com a artista e o espaço físico.

Antes de cantar com Sabah, Débora recebe Maíra Lemos. Juntas, elas interpretam As Curvas da Estrada de Santos, do universo do rock ingênuo da jovem guarda que leva a fase mais alegre de Roberto Carlos. Outro convidado da noite é o músico Ney Couteiro, marido de Sabah. Ney toca o violão em Mora na Filosofia e Débora canta os versos de Caetano Veloso – o momento antecede a entrada divertida de Sabah.

Finalizando as participações especiais, Débora, que assina a direção geral do show, chama todos os seus convidados em Sem Açúcar. Nessa grande reunião de amigos, Débora, Maíra, Sabah e Ney se valem da música de Chico Buarque para sambar.

DRAMÁTICA

Desde a adolescência, Débora, 38 anos, canta. Começou aos 16 anos, se apresentando em “festinhas” e bares. Formada em Música pela UFG, hoje ela é também compositora e professora do Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França. “Enriquece, a gente aprende muito”, fala da função que exerce paralela aos shows que faz.

Nessas duas década dedicadas à música, o estilo de Débora interpretar lhe rendeu o rótulo de cantora dramática. “Isso vem do teatro e do circo”,
situa suas referências. Débora já trabalhou com diversos nomes do teatro goiano e também dá aula de tecido acrobático, reforçando sua familiaridade com o
mundo circense.

Declaradamente uma intérprete da MPB, Débora confessa que é vidrada no suingado do samba e preserva uma característica das cantoras iniciantes: o da tensão pré-palco. “Depois que subo no palco é tudo brincadeira – deito e rolo”, fala convicta.

Show: Débora di Sá

Participações especiais: Sabah Moraes, Maíra Lemos e Ney Couteiro 

Direção musical: Nonato Mendes 

Direção geral: Débora di Sá 

Data: Hoje, às 21 horas 

Local: Teatro Sesi (Avenida João Leite, nº 1.013, Setor Santa Genoveva)  

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia para estudantes, idosos acima de 60 anos e industriários mediante comprovação)

Informações: 3269-0800