Movimento LGBT fará protesto contra morte

Gay assumido, Lucas Fortuna foi o fundador do Grupo Colcha de Retalhos da Universidade Federal de Goiás (UFG), além de diretor das ONGs ADGLT e AGLT. Ajudou, também, a construir várias paradas do Orgulho LGBT de Goiás e, conforme lembra Léo Mendes, presidente da Articulação Brasileira de Gays (Artgay), lutava incansavelmente pela aprovação do PLC 122 - projeto em tramitação no Congresso que criminaliza a homofobia.

Ontem, até o fechamento desta reportagem, às 22 horas, já eram mais de 130 compartilhamentos no Facebook, sobre a morte de Lucas. Foram divulgados notas e posts por entidades organizadas do movimento LGBT de todo o País, além de mensagens de amigos, companheiros de partido e de luta contra a violência e o preconceito, na página pessoal do jornalista.

A Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG – onde Lucas se formou – emitiu nota oficial lamentando o fato e enaltecendo as qualidades do ex-aluno. “Lucas Fortuna combatia a intolerância e a violência através de suas ações pacíficas e brilhante oratória. Brilhante, inteligente e inquieto. Foi uma grande liderança social e do movimento estudantil. Sempre muito precoce em tudo”, diz o texto.

Avelino Mendes Fortuna, ex-presidente do Sindicato das Indústrias Urbanas do Estado de Goiás (Stiueg) e pai do goiano assassinado, viajou ontem mesmo para Recife, para reconhecer e buscar o corpo do filho no Instituto Médico Legal (IML) local. Hoje, ativistas do movimento LGBT de Goiás prometem manifestação, para o meio-dia, na Praça do Bandeirante, contra a homofobia e pela aprovação do PLC-122. Uma homenagem à altura da causa defendida por Lucas.

Fonte: O Popular