Ministra manda representante

Familiares velam corpo do jornalista Lucas Fortuna

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, mandou um representante a Santo Antônio de Goiás para acompanhar e dar o apoio necessário à família do jornalista Lucas Fortuna, 28, encontrado morto na manhã de domingo entre as praias de Gaibu e Calhetas, no Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco.

O corpo do jornalista chegou ao Ginásio de Esportes da cidade por volta das 21horas, onde moradores e amigos o receberam com uma salva de palmas. Além de moradores, estavam presentes autoridades da cidade, membros do Conselho Estadual de LGBT, professores da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde Lucas se formou, e membros da Confederação Brasileira de Volei. Até o fechamento desta edição, não havia sido definido o horário de sepultamento, que deverá ocorrer no fim da manhã de hoje. O caixão ficou lacrado, com duas fotos do jornalista. O pai de Lucas, Avelino Fortuna, disse que pretende montar uma fundação que levará o nome do jornalista e lutará pelos direitos humanos. “Tenho orgulho de ter um filho como Lucas, que lutou por uma causa que não poder ficar em vão.”

Em entrevista ontem ao G1, a delegada do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Recife, Gleide Ângelo, que assumiu as investigações sobre a morte de Lucas Cardoso Fortuna disse que não descarta nenhuma possibilidade de crime, embora amigos de Lucas apontem assassinato motivado por homofobia. “A gente tem que investigar se foi homicídio, latrocínio, afogamento ou mesmo um acidente. Absolutamente nada pode ser descartado.”