Escolhido do Jaburu

Prêmio concedido pelo Conselho Estadual de Cultura homenageia escritor e cronista do POPULAR Edival Lourenço. Artistas e instituições também são lembrados.

Edival Lourenço, escritor e cronista do POPULAR, é o grande homenageado de hoje à noite, a partir das 20 horas, na entrega do Troféu Jaburu. Concedido anualmente para destaques da área artística pelo Conselho Estadual de Cultura, o prêmio em bronze com escultura da artista Neuza Morais chega às mãos de Edival (veja quadro) em cerimônia no Salão Dona Gercina Borges do Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. Também finalista e um dos vencedores deste ano na categoria romance do Prêmio Jabuti, principal de literatura no Brasil, o escritor assim como os outros agraciados com diplomas e medalhas estão sendo lembrados no ano em que o Conselho completa 45 anos.

A primeira agraciada com o Jaburu foi a escritora Cora Coralina, há 32 anos. A cada ano, como ela, uma pessoa da área cultural é destacada para receber a honraria, caso agora de Edival. No Jabuti – cuja cerimônia de entrega está prevista para o dia 28 –, o goiano de Iporá de 60 anos ficou em segundo lugar em sua categoria, pelo romance Naqueles Morros, Depois da Chuva. Advogado, o escritor também é membro do Conselho Municipal de Cultura de Goiânia e presidente da União Brasileira de Escritores (UBE) – Seção Goiás.

Desde o lançamento do primeiro livro, Estação do Cio (1984), Edival passou a se destacar no meio literário pelos poemas. Mais tarde o autor começou a publicar também contos, crônicas e romances, em obras que hoje somam 12 livros. Entre destaques que tiveram reconhecimento em premiações está A Centopeia de Neon (1994), que ganhou o Prêmio Nacional de Romance do Paraná e foi finalista na Bienal Nestlé e no Prêmio Casa de las Américas de Cuba. Reconhecendo o conjunto da obra, a seção Rio de Janeiro da UBE concedeu-lhe a comenda Jorge Amado há quatro anos.

Após várias premiações, entre elas a respeitável Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos (duas vezes), Edival lançou Naqueles Morros, Depois da Chuva, no ano passado. A obra é resultado de cerca de duas décadas de compilação de informações captadas em pesquisas e viagens a destinos que pudessem lhe revelar detalhes sobre a mineração de ouro no Brasil. A narrativa histórica fala dos acontecimentos reais que culminaram com o surgimento e desenvolvimento do Estado de Goiás.

Medalhas e diplomas

Além de Edival, mais 26 personalidades ou instituições de diversas áreas de atuação cultural recebem comendas hoje. Entre os nomes lembrados desta edição do Prêmio Jaburu estão artistas, produtores, representantes da cultura popular, instituições e gestores públicos. São artistas e ativistas das artes como o professor e artista plástico Carlos Sena Passo, a diretora e fotógrafa Rosa Berardo, Valdivino Braz (letras), Valéria Figueiredo (dança), Consuelo Quireze (música) e Custódia Annunziata Spencieri (memória e patrimônio).

Já entre instituições estão destaques do ano como Teatro Sesi, Rádio Universitária da UFG, Instituto Histórico Geográfico de Goiás e Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás. Pessoas físicas que se movimentam em prol da cultura em diversas instâncias também serão lembradas: Jhony Robson dos Santos, do movimento hip hop de Goiânia; Antolinda Borges, diretora do Museu da Boa Morte na cidade de Goiás; além do cantor Adalto Bento Leal e coletivo que mantém ativa a programação do Cine Cultura, também na capital.

Fonte: O Popular