Protesto de garis tumultua cerimônia de diplomação do prefeito de Goiânia

Uma manifestação de um grupo de pessoas, algumas com uniformes de garis, tumultuou a cerimônia de diplomação do prefeito reeleito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), e dos 35 vereadores da capital pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), na terça-feira (18). O evento foi realizado no Centro de Eventos do Câmpus II da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Pouco antes da diplomação do prefeito reeleito, os manifestantes subiram ao palco com faixas pedindo o pagamento de salários atrasados e os empregos de volta. Um deles segurava uma criança no colo. Muita gritaria e discussão no local. Durante o tumulto, que durou cerca de dez minutos, os seguranças foram acionados e retiraram os manifestantes.

A prefeitura de Goiânia divulgou uma nota repudiando o protesto dos servidores. Segundo a nota, o protesto foi realizado por integrantes de um partido derrotado nas eleições e os manifestantes são ex-funcionários concursados, que foram exonerados em julho do ano passado por não corresponderem às demandas profissionais da empresa.

Cerimônia
Depois da confusão, o prefeito Paulo Garcia recebeu o diploma do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Gilberto Marques Filho.  Dos vereadores, o primeiro a receber o diploma, antes do protesto, foi Virmondes Cruvinel, do PSD, o candidato mais bem votado das eleições, com 8.572 votos.

O prefeito diplomado não quis antecipar os nomes dos secretários que vão auxiliá-lo na próxima gestão. “Eu tenho muita gente que eu gostaria que ficasse comigo, mas vocês sabem que as vagas são limitadas. Nós vamos ter de fazer uma seleção, que excluirá pessoas que também poderiam contribuir de forma significativa. Acredito que a partir do dia 2 de janeiro nós estejamos prontos para anunciá-lo”, diz Paulo Garcia.

O prazo para diplomação terminou na quarta-feira (19). Em Goiás, praticamente todos os vencedores nas urnas receberam o diploma que dá direito a posse, com exceção dos prefeitos de três municípios, Bom Jesus de Goiás, Alto Horizonte e Flores de Goiás.

“Estamos no aguardo da decisão desses casos pelo TSE, então vamos decidir a situação e totalizar as diplomações. Talvez, teremos de realizar novas eleições se assim entender o TSE”, argumenta o presidente do TER Gilberto Marques Filho.