Para especialistas, as diferenças entre as notas dos cotistas e de quem concorre pelo sistema universal não terá reflexos no desempenho universitário. Reforça ainda mais a necessidade das políticas que garantem acesso de parcelas da população historicamente marginalizadas e de baixa renda.

“O que se espera das universidades são novas metodologias, que partam do princípio de que têm alunos diferentes”, argumenta a diretora de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania do Ministério da Educação, Clélia Brandão. “As cotas não podem ser avaliadas fora do contexto histórico, da dívida com determinadas classes sociais”, completa.

Para o presidente do Conselho Estadual de Educação, José Geraldo Santana, o sistema de cotas aplica o princípio constitucional da isonomia. “Não podemos nos contentar com uma igualdade formal. Essa política é uma medida efetiva para a igualdade de condições”, diz.