A segunda etapa do Vestibular 2013/1 da Universidade Federal de Goiás (UFG) começou, neste domingo, bem depois das 17h30 para uma turma de interessados em ‘fechar’ as provas. No colégio particular localizado no Setor Bueno, grupos de professores de Língua Portuguesa e Literatura; Matemática; Química; e Física – disciplinas cujos conteúdos integraram as provas discursivas de ontem – se estenderam até bem depois das 21 horas resolvendo cada uma das questões propostas aos candidatos dos quatro grupos de cursos.
Em uma das salas da escola, os professores Luiz Felipe Bragança, Murillo Nascente, Weden Luiz Neiva Júnior, Hélio Elízio e Renato Silva (o Renatão) quebravam a cabeça entre tubos, ressonâncias, lambdas e frequências para chegar a um acordo comum a respeito de uma questão de Física – considerada, por vestibulandos ouvidos pelo POPULAR (veja correlata), como a mais difícil das provas desse primeiro dia da segunda fase.
“Está difícil mesmo; são muitos detalhes”, avaliou o professor Murillo, por volta das 20h10. “Os itens ‘A’ das questões estão mais tranquilos, já as letras ‘B’ estão mais exigentes; é preciso atenção”, completou o professor Luiz Felipe. De acordo com a equipe, neste ano, a UFG trabalhou bem menos, na prova direcionada aos candidatos do Grupo 2, a interdisciplinaridade entre a Física e as Ciências Biológicas.
Para os professores Heitor Godinho, Elísio Donella e Sylvio Campos (o Sylvão), também faltou relacionar a Química – prova feita pelos vestibulandos do Grupo 1 – a outras disciplinas. “Em termos de Atualidades, de cotidiano, a prova de Química está pouco aplicável, semelhante ao que eram as questões há dez anos”, comentou Heitor. “Embora seco, sem interdisciplinaridade, o conteúdo cobrado está dentro do esperado para o Ensino Médio, de bom nível seletivo”, acrescentou.
MATEMÁTICA
Já no que diz respeito à Matemática, a equipe formada pelos professores Frederico César de Andrade, Marcos Flávio Silva Leite e Johnny Araújo Coutinho acredita que os candidatos da área de Humanas podem ter enfrentado mais dificuldade na resolução das questões. “A prova, nesse caso, exigiu uma interpretação mais cuidadosa do texto”, argumentou Marcos Flávio. Na opinião do grupo, as provas de ontem, de Matemática, apresentaram maior interdisciplinaridade na área de Biológicas. “Para esses candidatos, as questões estiveram dentro do esperado”, considerou o professor Frederico.
Neste domingo, todos os classificados para a segunda fase fizeram uma prova em comum: Língua Portuguesa e Literatura - assim como deverá ocorrer, hoje, com a prova de Redação. Na avaliação dos professores Adriano Alves e Renan Cornette, quem se preparou bem, não deve ter encontrado dificuldade na resolução das questões.
“A prova de Literatura cobrou mesmo a leitura dos livros e as análises das obras, feitas em sala, ajudaram muito. Leitura e análise se complementaram”, afirma Adriano. Segundo ele, a prova de ontem conseguiu cobrar dos candidatos tanto o enredo da obra quanto temas técnicos e conceituais da crítica literária. “Também houve um diálogo, uma comunicação direta entre Literatura e Língua Portuguesa, gramática. Isso tem sido uma tradição nas provas da UFG, o que é muito bom”, destaca Adriano Alves, lembrando que a interdisciplinaridade veio na questão 5, em que foram abordados aspectos sociais, geográficos e históricos do livro O Cortiço, de Aluísio Azevedo.
“Não tinha nada fácil”, afirma candidata
(P.D.)04 de fevereiro de 2013 (segunda-feira)
Física deu muita dor-de-cabeça aos candidatos que fizeram, ontem, as provas da segunda fase do Vestibular 2013/1 da Universidade Federal de Goiás (UFG). No primeiro dia do exame, nesta segunda etapa, as três questões da disciplina apresentadas aos vestibulandos do Grupo 2 foram consideradas as mais difíceis do domingo.
“O nível foi bem alto. De todas as provas, foi a que exigiu mais”, considerou o estudante Caio Everton Freire Santos, de 18 anos, que veio de Recife (PE) para tentar uma vaga no curso de Medicina. Para Eduarda Lencione Nobre de Alencar e Nayara Oliveira Renovato, ambas de 17 anos e alunas de escola pública, “tudo” na prova de Física estava difícil.
“Não tinha nada fácil; o pior é que são 15 pontos”, destacou Nayara, candidata de Enfermagem. “Espero que amanhã (hoje) dê para tirar a diferença com a prova de Biologia”, completou Eduarda, que tenta uma vaga no curso de Ciências Biológicas.
SALVAÇÃO
Também os vestibulandos Pedro Urquiza Jayme Silva, de 19 anos – que já faz Agronomia na UFG, mas quer cursar Odontologia –, e Lucas Henrique Avarela Serra, de 18, candidato de Medicina Veterinária, apontaram a Física como o bicho-papão deste domingo de provas. “Língua Portuguesa e Literatura foi tranquilo e o resto esteve razoável”, avaliou Pedro. “Com certeza, Redação, amanhã (hoje), vai ser a salvação de muita gente”, aposta.