O artista plástico Rustoff debate no dia 15, na mostraImpressões Sonoras, a técnica estêncil, explicando todo o processo de criação, o que é, e como se constrói a máscara. Segundo ele, o estilo não é muito conhecido pelo público em geral, sendo mais reconhecida na arte de rua. “Foi por meio do contato com os grafiteiros em 2006 que comecei a desenvolver o estilo”, destaca. Ramon Rodrigues encerra as conversas no dia 17. Ele também vai falar sobre xilogravura. Os dois bate-papos serão mediados pelo jornalista Carlos Brandão, gestor do Teatro Goiânia.
1.408727Sons e traços
Artistas plásticos goianos Oscar Fortunato, Rustoff e Lupe Vasconcelos participam da mostra Impressões Sonoras, que abre hoje na Fnac Goiânia
Música e artes plásticas andam juntas há algum tempo na vida dos goianos Oscar Fortunato, Rustoff e Lupe Vasconcelos, dos paulistanos Leandro Dário e Zé Otávio e do catarinense Ramon Rodrigues. Eles estarão com 21 obras na exposiçãoImpressões Sonoras, que abre hoje, às 20 horas, nas dependências da Fnac Goiânia, no Shopping Flamboyant. A mostra retrata o universo musical e personalidades ícones do pop, do rock, do jazz e do blues, como Madonna, Amy Winehouse, Thelonious Monk, Beatles, entre outros.
Durante a exibição, que fica em cartaz até o dia 21, com entrada franca, simultaneamente serão realizadas quatro noites de debates abertos ao público com alguns dos artistas que fazem parte da exposição. Eles vão conversar sobre processo criativo, suas técnicas, produção, artes visuais de forma geral e farão também, ao vivo, impressões de gravuras no estilo predominante de cada um.
A proposta da mostra, além da exposição, é fornecer, por meio das cores, desenhos e texturas, um diálogo estético das artes com a música. Além disso, segundo o artista plástico Oscar Fortunato, que, no domingo, conversa sobre serigrafia, a ideia é amadurecer o olhar do público para que ele possa entender melhor os estilos, do processo de criação até a finalização.
“Isso gera um orgulho na pessoa que está visualizando o trabalho porque ela passa a identificar a técnica e sabe a diferença de uma para a outra. É uma sensação que gera prazer”, concorda Fortunato, que no seu debate, que será intermediado pelo professor e advogado Frederico Fleicher, fará uma viagem no tempo para abordar a questão histórica da serigrafia, os métodos de impressão, o lado comercial da técnica, entre outros assuntos. “É um estilo que está presente em tudo, na vida das pessoas, mais do que elas podem perceber”, confirma ele.
ENVOLVIMENTO MUSICAL
“Sou do tipo que precisa de música para trabalhar, inclusive já tive banda”, lembra Lupe, que abre hoje o bate-papo. A goiana, que mora atualmente em Teresópolis, Rio de Janeiro, vai falar sobre a técnica xilogravura, a maneira de construí-la, imaginando o trabalho na madeira, bem como ocorre todo o processo de criação e finalização de suas peças, entre outros aspectos. A discussão será mediada pelo professor e doutor pela USP, Edgar Franco, do programa de Doutorado em Arte e Cultura Visual da FAV/UFG.
“Minha vida toda foi rodeada por música, sempre estive envolvido, tinha uma loja de discos, coleciono vinil, em 2009 abri uma exposição em Brasília inspirada no trabalho do cantor e compositor norte-americano Bob Dylan”, comenta Oscar Fortunato. Em 35 peças, o artista traduziu em imagens os versos de canções de um dos maiores símbolos da cultura contemporânea mundial nos últimos 50 anos, na mostra Outsider.
Fonte: O Popular