Células-tronco isoladas em estágio inicial podem ajudar a curar doenças

Pela primeira vez, células-tronco pluripotentes humanas foram isoladas em seu estágio mais inicial de desenvolvimento. Pesquisadores do Weizmann Institute of Science, em Israel, chefiados por Jacob Hanna, um dos maiores especialistas no tema, separaram as estruturas que dão origem a qualquer tecido corporal no estado mais imaturo possível, como estão nos primeiros estágios do desenvolvimento embrionários. Elas estavam em um nível tão inicial que, após serem injetadas em embriões de ratos, se desenvolveram sem problemas com os animais, que cresceram contendo tecidos de origem humana.

Os resultados da pesquisa estão publicados na edição de hoje da revista Nature. Hanna conta ao Correio que a criação dos animais híbridos, chamados de quimeras, serviu para mostrar que se tratava realmente de células muito, muito jovens. O estudo pode levar a grandes conquistas, acredita. “Esse trabalho pode revolucionar as tentativas de geração de modelos animais ‘humanizados’ para o estudo de doenças e pode fazer, ainda, que tecidos humanos cresçam em outras espécies.” Nesse segundo caso, o objetivo seria a produção, em outras espécies, de órgãos para transplantes.

De acordo com Hanna, tanto em embriões humanos quanto de roedores, as células-tronco existem em dois estados: naïve, ou imaturas, e primed, ou diferenciadas. Até agora, ninguém havia sido capaz de isolar uma linha de células-tronco humanas imaturas e estabilizá-las. “O que fizemos foi descobrir um meio, uma solução, que permite manter essas células pluripotentes estáveis e parecidas com as ‘naïve’ de ratos”, explica outro autor do artigo, Noa Novershtern.

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Fonte: Correio Braziliense