Artistas comemoram visibilidade

  Os artistas goianos comemoram a visibilidade que o projeto Som de Lugar promove para suas carreiras. “O efeito mais imediato é a da notoriedade. Estava em uma fila de um restaurante e um garçom parou para me falar que tinha assistido nosso vídeo e gostado da nossa música. Outra vez foi em uma peça de teatro e aconteceu a mesma coisa: tinham visto a gente na TV UFG”, conta Macloys Aquino, que forma com Salma Jô o duo Carne Doce. A banda recentemente colheu elogios pelos shows realizados no Rio de Janeiro.

Para o cantor Diego de Moraes, que também gravou para o Som de Lugar, o que diferencia o projeto é o cuidado que os produtores têm com a qualidade dos vídeos. “O Youtube dá acesso a clipes que já existem e apresentações ao vivo que são postadas por fãs e isso pode ser bom ou ruim. O genial do Som de Lugar é que eles conseguem uma qualidade profissional em um clima de informalidade amadora. Ficam no meio-termo e tornam tudo mais natural e espontâneo”, elogia.

O cantor lembra das mudanças substanciais que a internet impôs ao mercado musical – e, sobretudo, ao modo como um artista se relaciona com seu público. Diego cita o exemplo dos goianos da Banda Uó, que ficaram nacionalmente conhecidos após o bem produzido vídeo da música Shake de Amor viralizar no Youtube. “O vídeo hoje é uma ferramenta fundamental de divulgação para um jovem artista”, destaca Diego.

A ideia dos produtores é justamente facilitar a produção audiovisual para os artistas. “O Som de Lugar investe em experiências que vislumbrem novos métodos de produção que tornem menos burocrático o fazer audiovisual. Com a redução dos preços para aquisição de equipamentos e as facilidades de veiculação que a internet oferece, o projeto pôde ser concretizado”, explica Bruno Fiorese.

Viola caipira

Para a cantora novata Paula de Paula, de 21 anos, a participação no projeto foi uma experiência animadora. Ela já tinha alguns registros de suas canções na internet, mas nada com a qualidade proporcionada pela equipe. “Através dos vídeos, muitos pessoas tiveram acesso ao meu trabalho. Foi uma delícia poder gravar na minha casa e contar um pouco da minha história com a música”, explica a moça, que se dedica à viola caipira.

Apesar de voltado aos artistas da cidade, o Som de Lugar não quer restringir a participação de cantores de outros locais. No sexto episódio da série, por exemplo, gravaram com a banda Terra Celta, de Londrina, Paraná, quando os músicos estiveram em Goiânia para um show.

“Na verdade, a gente acredita que a internet é um grande espaço de luta e difusão de cultura. Nossa ideia é ajudar a distribuir as músicas, a partir dessa experiência sensorial da união do vídeo com o áudio. A ideia é provocar o sentimento”, ressalta Bruno Fiorese. E para isso, não podem existir fronteiras.

Fonte: O Popular