Goiânia: estudantes da UFG interditam ruas do Setor Universitário

Grupo cobra pagamento da bolsa alimentação

Insatisfeitos com um suposto atraso no pagamento da bolsa alimentação da Universidade Federal de Goiás (UFG), estudantes da instituição foram às ruas nesta terça-feira (6/5) para protestar. Cerca de 40 alunos fecharam ruas do Setor Universitário, em Goiânia, ateando fogo em pneus e entulhos.

De acordo com a Polícia Militar (PM), que acompanhou a movimentação, o protesto teria começado por volta das 14h40, com duração de uma hora. "Foi tudo pacífico, apesar das ruas interditadas. Algumas motoristas precisaram passar pelas praças para fugir dos bloqueios, mas, fora isso, foi tudo tranquilo", conta o sargento Elson Silva, da PM.

Segundo moradores da Casa de Estudantes (Ceu), que anunciaram a manifestação em um evento no Facebook, o motivo da revolta seria o atraso no pagamento das bolsas de assistência estudantil, Alimentação Permanência. "A UFG, deixando de honrar seus compromissos com o setor mais fragilizado da universidade, os estudantes oriundas de famílias carentes, demonstra bem que está a serviço de interesses que não são o acesso real das camadas populares ao ensino superior", diz o texto publicado no página do evento na rede social. Entre as exigências dos estudantes, também conforme foi informado no evento, está a "criação de mecanismos que resguardem a data de pagamento das bolsas mensalmente, independente de greves de funcionários, mudanças de humores de gestores ou outro fator conjuntural." Por meio da assessoria de imprensa, a UFG garantiu que o pagamento das bolsas referente ao mês de abril já foi efetuado e que o acerto de maio será feito até sexta-feira (9/5). Ainda de acordo com a assessoria da universidade, com exceção de maio, os valores são depositados nas contas dos alunos rigorosamente até o dia 5 de cada mês.

Uma pessoa detida

Durante a manifestação, uma jovem, identificada como Isabella, acabou detida pela PM. Informações iniciais apontam que ela teria desacatado policiais e também ofendido um deles com expressões racistas. Segundo Tiago Madureira, que também participou do protesto, a jovem é quem teria sido agredida pelos homens da PM. "Verbalmente e fisicamente", conta. A versão de Tiago é contestada pela PM. "Não houve nenhum tipo de agressão. O que aconteceu foi que a jovem, depois de dizer as palavras racistas, apresentou resistência no momento em que foi detida", explica o sargento Elson Silva. Isabella foi inicialmente levada para o 9° Distrito Policial (DP) de Goiânia, no Setor Universitário, mas o caso foi transferido para o 1° DP, no centro. A jovem começou a ser ouvida pelo delegado de plantão por volta das 17 horas.

Fonte: A Redação