Interesse por especialização aumentou

28 de maio de 2014 (quarta-feira)

Diante das notícias de que a quantidade de pediatras está diminuindo e a demanda aumentando, a residência médica em pediatria, que chegou a ficar com vagas ociosas em Goiás, tem sido alvo de grande concorrência nos últimos anos. O interesse de recém-formados começou a surgir após perceberem que o cenário está mais confortável, com maiores ofertas de emprego e remuneração aceitável. No Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Goiás (UFG), por exemplo, onde os estudantes fazem residência, são ofertadas anualmente nove vagas para pediatria. Na última prova, a concorrência foi de mais de nove por vaga.

Isabella Santiago, de 26 anos, e Talita Lopes Maciel, de 27, estão se especializando na área. Ambas dizem ter optado, inicialmente, por uma questão de identificação pessoal e idealismo profissional. Elas reconhecem as dificuldades impostas pela valorização diferenciada na rede pública e nos planos de saúde, mas pretendem seguir adiante na carreira. Isabella tentará fazer, depois, alguma subespecialização dentro da pediatria. Talita termina a residência em março do ano que vem e diz que não tem problema em trabalhar na rede pública, mesmo que no interior.

Em início de carreira, é comum os médicos recorrem ao sistema público. O prestígio e a fidelização de clientela só acontecem com o tempo. Isabella e Talita dizem que só pensam em enveredar na iniciativa privada mais para frente. Na rede pública, elas terão de lidar com elementos contrários, como o fato de que muitas prefeituras preferem contratar um médico emergencista no lugar do pediatra, porque ele faz tudo.

Fonte: O Popular