Suvisa realiza ações para prevenção às hepatites

21 de Julho de 2014 Goias Agora

Hepatite

A Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), por intermédio da Coordenação Estadual de Controle das Hepatites Virais, está concluindo os preparativos para a realização de uma série de ações com o objetivo de capacitar profissionais e conscientizar a população para a prevenção às hepatites. As atividades, desenvolvidas em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, Conselho Regional de Enfermagem do Estado de Goiás, Faculdade de Enfermagem da UFG e Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanny Cisneyros, marcam o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites, instituído pela Organização Mundial de Saúde no dia 28 de julho.

A série de atividades e eventos tem início nesta terça-feira, dia 22 de julho, e prossegue até 15 de agosto. Além de Goiânia, cerca de 30 municípios vão desenvolver ações pontuais para o controle das hepatites virais. Esta doença é considerada, atualmente, o maior problema global de saúde pública. Caracterizada pela inflamação das células do fígado, as hepatites virais são causadas principalmente por vírus, uso de medicamentos, álcool e outras drogas. São tão graves que podem levar à insuficiência hepática aguda, cirrose, câncer do fígado e até mesmo à morte.

Conforme os dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, no Brasil cerca de 800 mil pessoas já foram infectadas pelo vírus da Hepatite B e 1,5 milhão pelo vírus C. A média de casos de Hepatite B notificados no Brasil é de 6,9 por 100 mil habitantes. Já a Hepatite C atinge em média, 6,6 pessoas em cada grupo de 100 mil habitantes. Em Goiás, no período de 2009 a 2013, foram notificados 32.609 casos suspeitos de hepatites. Deste total 9.104 foram confirmados, dos quais 966 são de Hepatite A; 7.083 são de Hepatite B e 890 suspeitos de Hepatite C.

Transmissão
As Hepatites virais A e E são transmitidas pela via fecal-oral e estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. As Hepatites virais B e D são transmitidas, na maioria das vezes, por meio de relação sexual e do contato com fluídos de sangue contaminado, presentes em alicates, instrumentos cirúrgicos e odontológicos não-esterilizados, em lâminas de barbear e outros produtos que contenham o material contaminado.

Já a Hepatite C está associada ao compartilhamento de seringas por usuários de drogas, à transfusão sanguínea até 1993, quando não havia testagem sorológica do sangue, e ao uso de material não-esterilizado em procedimentos realizados em salões de beleza e em consultórios médicos e odontológicos.

Vacina
Atualmente o Ministério da Saúde disponibiliza para a população as vacinas que protegem contra a Hepatite A e Hepatite B. A vacina contra a Hepatite A foi introduzida no Calendário da Vacinação da criança a partir deste mês de julho. Ela estará disponível, ainda este ano, em todas as salas de vacina da rede pública para crianças de 12 meses a menores de 2 anos (1 ano, 11 meses e 29 dias).

Já a vacina contra a Hepatite B é ofertada nas salas de vacina dos centros de saúde para a população em geral de 0 a 49 anos e para grupos priorizados com alto risco de exposição, mesmo fora da faixa etária. Entre estes grupos estão coletores de lixo, profissionais do sexo, manicures, público LGBT, profissionais de saúde e outros.

Fonte: Goiás Agora

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