Vice-reitor da UFG diz que curso em Jataí tem qualidade para formar

26 de julho de 2014

Sem querer se contrapor diretamente ao Cremego, o vice-reitor da UFG, Manoel Chaves, afirma que o curso de medicina de Jataí, que vai oferecer 60 vagas a partir de agosto, segue rigorosamente os requisitos do governo federal e que não há risco de não oferecer o nível de qualidade das universidades públicas do país. “Talvez não seja de forma indiscriminada porque existe um rígido controle”, diz.

Ele relata que o curso foi criado em um campus já consolidado, de 30 anos, com os cursos básicos instalados, de química e biologia, que tem o apoio do município e já firmou os convênios para a prática médica. O vice-reitor lembra que durante 45 anos Goiás contou apenas com as 110 vagas da Faculdade de Medicina da UFG de Goiânia, o que concentrou a formação e a assistência médica na capital. “O curso de Jataí vai formar e interiorizar médicos e, dessa maneira, a UFG está cumprindo seu papel.”

O curso de medicina de Rio Verde foi autorizado pelo Conselho Estadual de Educação, em 2011. O órgão é responsável por autorizar e reconhecer cursos e instituições de Educação Superior das instituições estaduais - Universidade Estadual de Goiás (UEG) e municipais - Universidade de Rio Verde, Centro Universitário de Mineiros, Faculdade de Goiatuba e Faculdade de Anicuns. A única que oferece o curso de medicina é a UniRV.

Na opinião da presidente do CEE, Ester Carvalho, o Cremego tem legitimidade para posicionar-se sobre a matéria e questionar a política nacional de saúde em suas diferentes nuances. Todavia, o contesta. “Os números apontam que o Estado de Goiás, no contexto da região, apresenta a menor oferta de cursos de medicina, apesar de ter uma população cinco vezes maior do que a do Tocantins, cuja oferta suplanta a nossa.” Ela afirma ainda que o conselho assegura a qualidade necessária para a oferta do curso de medicina da UniRV. “O acompanhamento dos dados da instituição comprovam essa afirmação.”

A reportagem entrou em contato com o Ministério da Educação e com o da Saúde, mas nenhum dos órgãos quis se posicionar em relação às criticas feitas pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego).

Fonte: O Popular

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