Na reta final, hora de aluno manter o ritmo de estudos

Data: 17 de outubro de 2014

Veículo/Fonte: O Popular

Professores dão dicas do que deve ser feito a 3 semanas da prova de seleção de universidade de todo o País

 



Renato Conde

 

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Queiroz Barbosa vai disputar uma vaga em Engenharia da Produção, na UFG: busca por maior rendimento

 

 

A 22 dias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), professores consultados pelo POPULAR aconselham que não é hora de diminuir o ritmo de estudos. Pelo contrário, a reta final exige rotina controlada de preparação para chegar confiante e capacitado nas provas, que serão aplicadas dias 8 e 9 de novembro. Mais de 8,7 milhões de pessoas se inscreveram para esta edição, e com a nota poderão disputar vagas em 115 instituições de ensino superior públicas, inclusive na Universidade Federal de Goiás (UFG).

Coordenador de vestibulares do Colégio Millenium Classe, o professor Heitor Godinho sugere que os estudantes foquem nas principais matérias, como matemática e língua portuguesa, procurando os assuntos que mais caem nas provas. “Existem tópicos que são certeiros e que os alunos já podem ir preparados. Não tem como não aparecer porcentagem, razão e proporção e geometria plana na prova de matemática, por exemplo”.

Apesar de não cobrar diretamente informações pontuais sobre atualidade, os professores consultados destacam a importância dos estudantes acompanharem os assuntos que são discutidos no Brasil e no mundo, para terem um bom desempenho na prova.

Fazer revisão de conteúdos e focar na resolução de exercícios é uma das dicas do professor Antônio Marcos de Lima, coordenador pedagógico do Curso Simbios. “Quem estiver em cursos preparatórios deve frequentar as aulas, revisar o conteúdo, aproveitar os simulados e tirar todas as dúvidas, mantendo o ritmo de estudo”.

Para o diretor do Córtex Vestibulares, Antonio Luiz Guimarães Junior, os estudantes podem até mesmo aumentar o ritmo de estudos, desde que respeitem o limite da resistência física. “Não pode exagerar. Agora, quem manteve a rotina de estudo adequada pode manter o ritmo, dedicando aos temas que tem mais dificuldade”.

FOCO

Aos 17 anos, Luisa Queiroz Barbosa cursa o terceiro ano do ensino médio e pretende cursar Engenharia de Produção. Sua primeira opção é a UFG e por isso, priorizou estudar para o Enem, focando nas matérias de exatas, que possuem mais peso na escolha do curso pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Quando não tem aula no período vespertino ela continua na escola e aproveita para tirar dúvidas de exercícios. “Já tinha um planejamento há algum tempo, com 4 ou 5 horas de estudo além das aulas, mas agora evito ficar até mais tarde sobre os livros e tento dormir mais para ter maior rendimento durante as aulas”.

Pretendendo uma vaga no curso mais concorrido do Sisu, o de Medicina, o estudante Marcelo Marque Fernandes, de 17 anos, está confiante. “Desde o primeiro ano do ensino médio estava focado no Enem, porque morava em Natal e o acesso à UFRN já era pelo desempenho na prova. Então, com a adesão da UFG, eu estou mais confiante”.

Se comparada com o primeiro semestre, Fernandes acredita que sua rotina atual está mais tranquila. “Ficava até de madrugada, mas agora, faço mais revisão, estudo até às 21h ou 22h e vou dormir. No domingo eu procuro me dar uma folga, correr no parque, me distrair”.

UFG

Este será o primeiro Enem após a UFG ter optado pela adesão integral ao Sisu como forma de ingresso na graduação, substituindo o vestibular. A decisão da principal universidade pública de Goiás trouxe ainda maior peso ao Enem para os estudantes do Estado e lotou, segundo os coordenadores, as turmas de cursos preparatórios para o exame. Segundo os professores consultados, quase 100% dos estudantes que almejam vaga no ensino superior se inscreveram para a prova.

Para Guimarães Junior, a nova realidade local ainda é uma incógnita. “Os alunos goianos são tradicionalmente bem preparados, mas a nacionalização das vagas pode acirrar ainda mais a concorrência”.

Godinho vê como desvantagem a perda da regionalização dos conteúdos. “O aluno já estava preparado para questões de geografia e história de Goiás, sempre cobradas pela UFG, mas agora não teremos mais isso. Mas percebo que os alunos preferem o Enem, como uma forma de dar oportunidades parecidas para todos”



 

Fonte: O Popular

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