Confirmado caso de febre maculosa em professor da UFG

Data: 28 de março de 2015

Fonte/Veículo: O Popular

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Ele contraiu a doença durante aula de campo em que foi picado por carrapatos contaminados

A confirmação de um caso de febre maculosa no professor de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG) Rommel Bernardes da Costa, contraída no fim do ano passado, levou alunos, professores e servidores das Escolas de Agronomia, Veterinária e Zootecnia da UFG participaram ontem à tarde de uma palestra sobre a doença infecciosa, que é considerada rara em Goiás e transmitida por carrapatos infectados pela bactéria Rickettsia rickettsii. A febre maculosa é de difícil diagnóstico, com sintomas semelhantes à dengue e à febre chikungunya.

No início de novembro, depois de passar por duas avaliações médicas que não apontaram as razões do mal estar que o acometia, Rommel da Costa se lembrou de reportagens que falavam de febre maculosa. Como ele havia ministrado aulas de campo, em uma região habitada por capivaras, com quase cem alunos e todos saíram da área rural infestados de carrapatos, informou a um médico do Hospital Santa Genoveva que a fraqueza generalizada que estava sentindo poderia estar relacionada a esse episódio. Segundo ele, dois exames realizados em laboratórios diferentes confirmaram a doença. O professor foi internado, recebeu medicamentos adequados e já voltou às atividades acadêmicas.

O diagnóstico tardio da febre maculosa pode levar à morte. Como os sintomas são muito semelhantes a doenças como dengue, malária e febre chikungunya, o Ministério da Saúde exige notificação compulsória. Para haver a transmissão da doença, o carrapato precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele humana e os sintomas surgem de uma semana a dez dias depois. A doença, registrada no Brasil desde 1929, é mais comum nas Regiões Sul e Sudeste. Em Goiás há registro de apenas quatro casos.

Desde que foi informada da possibilidade de presença de carrapatos infectados na região das escolas agrícolas da UFG, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia passou a atuar no local. A região, cortada pelo Córrego Capivara, abriga há anos animais da espécie, hospedeiros naturais de carrapatos-estrela. “Coletamos amostras de carrapatos e confirmamos a presença da bactériaRickettsia rickettsii, por isso isolamos a área, alertamos nossa unidade dentro da UFG e estamos esclarecendo a comunidade acadêmica sobre a doença e os cuidados que devem ser tomados, além de fazer o monitoramento”, afirmou Flúvia Amorim, diretora de Vigilância em Saúde da SMS.