Professores apontam evolução

Data: 29 de março de 2015

Fonte/Veículo: O Popular

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Tema de acalorado debate nos últimos anos, o oferecimento de vagas pelo sistema de cotas acirrou ânimos e levantou questionamentos como sua legalidade, um possível “preconceito às avessas”, o preparo de tais alunos para cursar o ensino superior e uma possível queda na qualidade do ensino. Passados seis anos da implementação das ações afirmativas, professores da universidade argumentam que a consolidação da Lei das Cotas em 2012, decisões da Justiça sobre o assunto e a avaliação das notas dos alunos (veja quadro) fazem com que estes temas estejam ultrapassados.

Levantamento realizado por diversos cursos da Universidade Federal de Goiás (UFG), assim como outras universidades públicas, apontam que a preocupação com o rendimento dos alunos que entraram pelo sistema de cotas, assim como a possível queda na qualidade de ensino, não se confirmam. De sete cursos analisados pela reportagem, em apenas um (Arquitetura) a nota média dos alunos pelo sistema universal é superior a um ponto (1,11) do que o dos cotistas, em uma avaliação de 1 a 10 (6,19 de negros de escolas públicas no primeiro período, contra 7,3 dos não cotistas).

Em outros casos, a nota de alunos que ingressaram pelas cotas de escolas públicas é superior a dos alunos que entraram pelo sistema universal, como no caso de Economia e Publicidade. Até mesmo no curso de Medicina, considerado um dos mais difíceis, a média é muito próxima. Enquanto a nota média dos alunos do sistema universal em 2009 foi de 7,69, os alunos cotistas tiveram 7,36.